Eleições 2014

Maioria do país dá segundo mandato a Dilma Rousseff, que vence Aécio Neves

Candidata do PT à reeleição está matematicamente reeleita com 98% das urnas apuradas

Braitner Moreira
postado em 26/10/2014 20:19
Dilma conseguiu a reeleição após o segundo turno

Neste domingo (26/10), a maioria da população brasileira decidiu dar a Dilma Rousseff (PT) o segundo mandato como presidente da República. A petista derrotou Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com 98% das seções apuradas, Dilma não pode mais ser ultrapassada pelo adversário.

Em discurso, após a vitória, Dilma Rousseff pediu a união do Brasil. "Vamos nos unir. O calor da eleição deve ser transformado em energia para construir um novo Brasil". A presidente ressaltou: "Minhas primeiras palavras são de chamamento à união."

Dilma obteve 51,45% dos votos, o que representa mais de 53 milhões de eleitores. Já Aécio recebeu os votos de 48,55%, aproximadamente 50,3 milhões de votos.

Após a votação do primeiro turno, as primeiras pesquisas de intenção de voto mostravam a mineira de 66 anos atrás de Aécio Neves. A virada foi consumada na última semana, de acordo com os institutos Ibope, Datafolha e Vox Populi.

Perfil

Dilma Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947 em Belo Horizonte (MG). Durante o regime militar, integrou organizações de esquerda, foi presa e torturada.

Após se mudar para o Rio Grande do Sul, Dilma ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Filiou-se ao PT em 2001. Formada em economia, foi secretária no Rio Grande do Sul antes de chegar ao cargo de ministra de Minas e Energia do governo Lula. Em seguida, tornou-se chefe da Casa Civil em 2005. Na função, Dilma assumiu a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos carros-chefe do governo.

Durante seu primeiro mandato, a primeira mulher eleita presidente do Brasil começou com aprovação pessoal acima dos 70%, mas viu o número cair em 2013 durante os protestos de junho. Os manifestantes pediam, entre outros assuntos, reforma política e mais atenção às causas sociais. A aprovação de Dilma só voltou a subir no decorrer da campanha, impulsionada pelo horário eleitoral.

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