Eleições 2014

A experiência de Hélio Doyle nos bastidores da campanha de Rollemberg

O coordenador da corrida eleitoral do futuro governador foi anunciado ontem como o responsável pelo grupo de transição entre governos

postado em 28/10/2014 06:00
Doyle diz que participação na campanha deste ano ocorreu mais por engajamento político do que profissional
Da militância estudantil, passando pela fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) até virar conselheiro de políticos de matizes diferentes, como Cristovam Buarque (PDT) e Joaquim Roriz (PRTB). A experiência e os trabalhos anteriores fizeram do jornalista Hélio Doyle um dos nomes fortes da campanha vitoriosa do governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB). O papel estratégico que desempenhou no percurso do socialista ao Buriti o fez ser escolhido coordenador do grupo de transição entre o atual e o futuro governo. A decisão foi anunciada na tarde de ontem, após Rollemberg se reunir com o diretório local e nacional do PSB, além da executiva do partido.

A equipe de transição coordenada por Doyle terá o papel de fazer uma radiografia do governo, detalhar a situação financeira do DF, conhecer os contratos e os projetos em andamento. O jornalista foi escolhido pela boa relação com políticos e por conhecer bem a máquina pública. ;Já foi secretário de governo e coordenou a campanha, reúne todas as condições para coordenar essa transição;, comentou Rollemberg. A experiência de Doyle em governos anteriores pesou. Ele fez parte das campanhas vitoriosas de Cristovam Buarque, em 1995, e de Joaquim Roriz, em 2002.

Articulador de peso na campanha de Rollemberg ao Palácio do Buriti, Hélio se filiou ao PSD, no ano passado, para levar o partido para a coligação liderada por Rollemberg. À época, chegou a ser cogitado para compor a chapa com o socialista, como candidato a vice-governador, mas o deputado federal eleito Rogério Rosso (PSD) indicou Renato Santana (PSD) para o cargo. Passada a eleição, o jornalista deixou o partido ontem.

Doyle conheceu a política na capital federal muito cedo. Nascido no Rio de Janeiro, em 11 de novembro de 1950, mudou-se com a família para Brasília em 1961. O pai era servidor público e veio transferido um ano antes. No antigo ginásio, hoje ensino fundamental, participou do grêmio Movimento Estudantil 30 de Agosto. ;Era interessante porque a gente reproduzia a vida política. Tinha partido e elegíamos deputados, senadores e presidente;, contou. No ensino médio, teve contato com o movimento esquerdista. Em 1968, entrou para uma organização clandestina de esquerda, a ala vermelha do PCdoB, da qual fez parte até 1985, quando foi extinta. Durante esse período, ajudou a fundar o PT. Em 1980, formou-se em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e foi presidente do Sindicato dos Jornalistas por seis anos.

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