postado em 28/10/2014 08:14
Derrotada nas urnas na corrida presidencial, a oposição iniciará 2015 fortalecida no Senado. Além de Aécio Neves (PSDB), que retoma os trabalhos na Casa com capital político de 51 milhões de voto, os adversários da presidente Dilma Rousseff (PT) terão o reforço dos três ex-governadores tucanos: José Serra (São Paulo), Antonio Anastasia (Minas Gerais) e Tasso Jereissati (Ceará); e do PSB, que se consolidou como rival do atual governo nas eleições. A base aliada, no entanto, continua maior numericamente.
Caso as posições nas eleições se confirmem durante o mandato, pelo menos 27 senadores farão oposição ao governo. O PSDB teve bancada reduzida de 12 para 10 parlamentares, mas contará com a atuação do PSB, que pulou de quatro para seis senadores. O analista político Antônio Augusto de Queiroz, um dos diretores do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), avalia que as discussões na Casa serão mais qualificadas.
;A oposição vem fortalecida com a eleição de nomes como Jereissati, Anastasia e Serra. Embora não esteja numericamente maior, é mais qualificada. Vai dar mais trabalho ao Palácio do Planalto. Uma oposição qualificada é importante porque contribui para aperfeiçoar políticas públicas. Faz uma oposição menos ;denuncista; e mais propositiva;, aposta Queiroz.
Com força para brigar novamente pelo posto de candidato do partido à Presidência em 2018, Aécio estará entre os principais nomes da oposição. O tucano disse a aliados que, depois da acirrada disputa com Dilma este ano, deve tirar pelo menos esta semana para descansar. Ele tem mais quatro anos de mandato como senador e deve usar a tribuna da Casa para manter os holofotes conquistados na corrida pela Presidência.
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