Agência France-Presse
postado em 14/08/2012 18:54
Miami - O pré-candidato republicano às presidenciais americanas, Mitt Romney, tenta se aproximar do importante eleitorado hispânico dos Estados Unidos, mas sua falta de sintonia com esta comunidade aumenta à medida que se concretiza seu plano político e se conhece melhor seu vice-presidente.Esta semana, Romney viajou para o crucial estado da Flórida para voltar a se encontrar com os eleitores hispânicos, a maioria cubanos e porto-riquenhos, mas em um comício em Miami muito poucos sabiam quem era Paul Ryan, seu colega de chapa anunciado no fim de semana passado, enquanto esperavam ouvir os planos do aspirante à Casa Branca com relação a Cuba, dos quais não falou.
O candidato disse poucas palavras diante das cerca de duas mil pessoas reunidas no Palacio de los Jugos, concentrando-se em economia e em promessas para recuperar o êxito do país, sem tocar no tema migratório, nem mencionar nenhum plano com relação à ilha comunista.
"Nós temos uma decisão crucial a tomar sobre o tipo de Estados Unidos que queremos. Temos que decidir entre o caminho pelo qual o presidente (Obama) nos conduziu, que nos assemelha mais e mais à Europa, ou tomar um caminho para que sejamos mais e mais como os Estados Unidos", disse o ex-governador de Massachusetts.
Romney fez uma breve referência a "vocês, os latinos" quando falou da falta de empregos, e prometeu: "Eu criaria os empregos de que o povo precisa. Sei como fazer. Vou ajudar as pequenas empresas".
O candidato republicano também passou por cima das posturas de seu recém-escolhido companheiro de chapa, Paul Ryan, favorável a uma privatização do seguro público de saúde para os idosos - conhecido como Medicaid, Medicare -, a qual afetaria a grande maioria dos aposentados da Flórida.