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Eleitores de Búzios aprovam urnas biométricas em eleição simulada

postado em 21/08/2010 13:53
O novo sistema de identificação biométrica do eleitor começou a ser testado pela primeira vez em grande escala em 43 municípios de 19 estados neste sábado (21/8). No Rio de Janeiro, o município escolhido para as eleições simuladas foi Armação de Búzios, na Região dos Lagos. Foram convidados 1,6 mil eleitores, que votam na Escola Darcy Ribeiro, no centro do município.

Embora a participação não fosse obrigatória, foi grande a presença de voluntários desde o início da manhã. A maioria queria conhecer o novo sistema de identificação por meio da leitura da impressão digital, para não ter surpresas no dia da votação. As cinco urnas testadas funcionaram sem apresentar problemas. Os únicos inconvenientes foram as dificuldades do leitor de impressão digital em reconhecer alguns eleitores, principalmente aqueles que usam as mãos com muita intensidade nos trabalhos diários, o que gera desgaste das impressões digitais.

[SAIBAMAIS]Foi o caso do pescador Amildo de Sá Gonçalves, que fez várias tentativas, durante cerca de cinco minutos, para que o sistema finalmente reconhecesse sua digital. Ele teme que no dia da votação possa haver mais filas por causa da demora no reconhecimento. ;Não é todo mundo que tem o dedo perfeito, principalmente pescador e quem trabalha em obra;, afirmou. Apesar do contratempo, Amildo considerou boa a experiência: ;O que vier de novidade está bom. O importante é eu votar;.

O músico e enfermeiro aposentado Renato Serafim Menezes tentou por quase dez minutos ter sua digital reconhecida pelo sistema, sem sucesso. Ele só pôde votar porque a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que regula o sistema prevê que, nesses casos, o presidente da seção pode digitar um código liberando a urna para o eleitor votar, mesmo sem o reconhecimento da impressão digital. ;Várias vezes eu coloquei a digital e o aparelho não conseguiu me identificar. Eu acho que, por eu ter sido músico no passado, pode ter desgastado a impressão do polegar. Mas eu torço para que tudo dê certo e penso que a tecnologia vem para facilitar a vida da gente;, disse Menezes.

Outros eleitores conseguiram ser reconhecidos imediatamente e não tiveram qualquer problema para votar, como o advogado Patrick Huwiler: ;É muito mais prático do que o sistema normal utilizado nas outras zonas eleitorais. Funcionou perfeitamente e tem a vantagem de ser mais seguro, pois os dados ficam armazenados no sistema;.

Para a professora Patrícia Chaves Guimarães, que estava trabalhando como mesária, o novo sistema deve gerar mais filas do que o normal. ;Algumas pessoas com a digital difícil de ser identificada devem levar mais tempo. Há casos que são super rápidos de se fazer a identificação, mas outros têm que se testar várias vezes;, disse Patrícia.

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