postado em 23/08/2010 15:02
São Paulo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, garantiu que, se eleita, irá construir uma escola profissionalizante em cada cidade com mais de 50 mil habitantes, ampliando o número de vagas em toda a rede de ensino inclusive com a adoção de um modelo semelhante ao Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas a estudantes de graduação de universidades particulares.;Vou construir uma escola profissionalizante em cada município com população igual ou acima de 50 mil habitantes ou que sejam centros de regiões;, declarou Dilma, elogiando o modelo pedagógico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), cujas escolas integram o ensino médio à formação profissional em várias áreas da indústria. ;Queremos que os estudantes da rede federal de ensino médio tenham acesso ao ensino profissionalizante;, afirmou a candidata ao fim da visita à unidade do Senai, no bairro paulistano do Brás, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se formou torneiro mecânico na década de 60.
A candidata negou que sua campanha tenha sido contagiada pelo clima de ;já ganhou; após a divulgação dos resultados das últimas pesquisas de intenção de voto, que a apontam como favorita a vencer a disputa, com a possibilidade de decidir a eleição já no primeiro turno.
;Na minha campanha não tem clima de já ganhou. Ninguém ganha eleição na base da pesquisa. Dizer que minha campanha tem salto alto não é verdade porque eu não estou de salto alto;, afirmou a candidata, que visitou a escola na companhia do candidato do PSB ao governo paulista, Paulo Skaf. Perguntada sobre a ausência do candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, Dilma afirmou que tem dois palanques no estado. ;Considero Skaf uma pessoa capacitada e aqui em São Paulo eu tenho dois palanques e vou dar força aos dois [candidatos];.
Dilma desmentiu notícias publicadas hoje (23) pela imprensa que afirmam que ela estaria discutindo com auxiliares e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva medidas fiscais a serem implementadas no caso de vitória na eleição.
;Não há discussão neste sentido dentro da campanha até porque seria um absurdo da nossa parte. Como discutir qualquer questão sem que estejamos eleitos? Além do mais, o Brasil de hoje não é como o de 2002 e, por isso, não vejo o menor sentido nesta discussão, que é extemporânea. A discussão para o próximo ano é o desenvolvimento;, afirmou Dilma, que voltou a criticar as taxas de pedágios cobradas no estado de São Paulo, ;os preços mais caros do mundo;, segundo ela.