São Paulo - A candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, defendeu nesta quinta-feira (2/9) a cooperação entre o Brasil e a Colômbia para pesquisas que permitam o uso econômico comum da biodiversidade dos dois países. ;Uma das formas de combatermos todas as formas de violência, de desrespeito ao estado democrático de direito é por meio da criação de novas alternativas com investimentos sério em uso sustentável da biodiversidade, para que isso possa se constituir na geração de novas oportunidades e novos ativos para os nossos países;, disse ela, após se reunir por cerca de uma hora com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.
Marina classificou como ;estratégica; a parceria entre instituições brasileiras e colombianas que fazem pesquisas na Amazônia. ;Instituições como Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], Instituto de Pesquisas da Amazônia [Inpa] e Museu Goeldi podem ter uma importância estratégica nessa agenda entre os nossos países.;
Marina também falou sobre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), guerrilha que atua no país vizinho. Ela disse que, em um eventual governo seu, estaria disposta a ajudar na resolução do problema, caso isso fosse pedido pelo governo colombiano. ;Temos uma atitude de solidariedade no caso de o Brasil ser pautado na busca dessa solidariedade;. No entanto, acrescentou que repudia a violência e o financiamento com a venda de drogas, práticas usadas pela guerrilha. ;Não temos tolerância com o tráfico e a violência;.
Quebra de sigilo
A candidata também comentou o vazamento dos dados fiscais da filha do candidato do PSDB, José Serra, e de integrantes do partido. Segundo ela, há uma situação de ;descontrole; que deixa a população vulnerável a quebras de sigilo fiscal. ;Há uma sociedade que está vulnerável e que merece explicações do Ministério da Fazenda e do ministro e a punição enérgica em relação a esse caso;.
A politização do assunto foi, no entanto, criticada por Marina. ;Essa política de conveniência faz com que as pessoas se sintam vulneráveis, não sabendo se há uma situação de descontrole ou uma manobra eleitoral.;