postado em 03/09/2010 08:42
Do menino de rua com ossos à mostra, cena típica da única cracolândia do país no fim da década de 1980, localizada no centro da cidade de São Paulo, o problema começou a se expandir. A primeira influência surgiu nos índices de violência urbana, chegou aos filhos da classe média, escancarou a falta de preparo da rede pública de saúde para lidar com uma droga tão devastadora e intrigou médicos que tentam elaborar uma terapêutica adequada. Luz vermelha mais do que acesa, depois das inúmeras cracolândias instaladas pelo Brasil afora, de índios e trabalhadores rurais fumando a pedra, crianças se prostituindo em busca do próximo cachimbo, resta ao governo federal um gigantesco desafio: combater o crack desde a entrada do produto no país até a recuperação dos usuários. Tarefa que o presidente atual, Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou neste ano, lançando um plano específico sobre o assunto, cujos resultados ainda são duvidosos. Pelo menos até agora.
Camila Magalhães Silveira, psiquiatra da Unidade de Dependência Química da USP, fala sobre crack