postado em 04/09/2010 07:32
Em quatro dos maiores colégios eleitorais do país onde o PSDB é competitivo, os candidatos a governador que apoiam o tucano José Serra conseguiram arrecadar R$ 13 milhões a mais do que os concorrentes que estão ao lado da presidenciável petista Dilma Rousseff. A maior diferença está em São Paulo, onde Geraldo Alckmin (PSDB) alcançou R$ 17,4 milhões em receitas contra R$ 7,9 milhões de Aloizio Mercadante (PT). Os números constam na segunda prestação de contas parcial apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com valores atualizados até ontem.Mercadante, depois do crescimento nas pesquisas de intenção de votos, conseguiu levantar cerca de R$ 7 milhões só em agosto. Esse valor é de doações de empresas e não inclui repasse do comitê financeiro de Dilma. Mesmo com todo o empenho da candidata petista e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar levar a eleição paulista ao segundo turno, Alckmin tem desempenho superior ao de seu principal adversário. No último mês, ele conseguiu R$ 14,2 milhões em doações. O tucano acumula R$ 15,8 milhões em despesas.
No primeiro mês, Alckmin teve doações superiores às de Serra, mas acabou ficando atrás de seu correligionário na segunda parcial. O presidenciável tucano conseguiu R$ 29,5 milhões. Apesar de seus aliados estarem com desempenho superior aos apoiadores de Dilma, a petista teve uma arrecadação superior. Nos dois meses, somou R$ 50 milhões em receitas.
O coordenador da campanha de Mercadante, Emídio de Souza, disse que o salto na arrecadação deve-se ao melhor desempenho do candidato. ;O aumento está atrelado ao crescimento do Mercadante. Agosto foi melhor que julho e setembro vai ser melhor ainda;, espera Souza. A previsão da campanha petista é alcançar R$ 46 milhões até o primeiro turno, mas o valor inclui repasses do comitê nacional. Os gastos permanecem em R$ 12,6 milhões.
No Paraná, o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) conseguiu acelerar o ritmo de doações levantando R$ 8 milhões em agosto, chegando a um total de R$ 10,2 milhões e gastando R$ 5,3 milhões. O senador Osmar Dias (PDT) ; depois de ter sido o candidato pró-Dilma com maior arrecadação no primeiro mês, com R$ 9,7 milhões ; chegou a um total de R$ 12 milhões nos dois meses da campanha pelo governo paranaense. Segundo a campanha, a despesa atingiu o mesmo valor.
Minas Gerais
O tucano com a segunda maior arrecadação é o candidato ao governo de Minas Gerais Antonio Anastasia. Ele conseguiu R$ 12 milhões em agosto, acumulando R$ 15 milhões. Segundo dados apresentados ao TSE, o tucano teve R$ 14 milhões em despesas nos dois meses. A campanha do concorrente do PMDB, Hélio Costa, informou que os dados ainda estavam sendo consolidados e não poderiam ser disponibilizados.
No Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) continua com um desempenho bem superior ao de seu principal adversário, Fernando Gabeira (PV). O peemedebista conseguiu R$ 5,8 milhões em agosto, chegando aos R$ 10,44 milhões em receita e R$ 10,37 milhões em despesa. Gabeira, depois de conseguir somente R$ 100 mil no primeiro mês de campanha, arrecadou R$ 1,1 milhão em agosto.
No Rio Grande do Sul, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB) conseguiu, segundo o contador da campanha, R$ 2 milhões em receitas. A despesa não foi informada. As campanhas de Tarso Genro (PT) e de Yeda Crusius (PSDB) não informaram os dados da segunda prestação parcial de contas. O coordenador de campanha de Fogaça, deputado Mendes Ribeiro (PMDB), disse que a arrecadação está bem abaixo do esperado e disse que apenas metade da meta de levantar R$ 10 milhões até o primeiro turno deve ser cumprida.