postado em 13/09/2010 17:40
A promoção de parcerias entre o governo federal e entidades filantrópicas que patrocinam atividades de inclusão social foi defendida hoje (13) pela candidata do Partido Verde à Presidência da República, Marina Silva. A candidata, no entanto, disse que deseja transformar essas atividades de inclusão em políticas públicas. ;As pessoas aqui fazem um duplo trabalho, com as emoções e a construção da própria vida. É um tijolo na casa e outro nas emoções. São experiências que nos achamos que podem ser transformadas em políticas públicas;, disse a candidata durante visita à organização não governamental (ONG) Comunidade Lua Nova, no município de Araçoiaba da Serra, região de Sorocaba, a 100 quilômetros da capital paulista.
Marina, acompanhada da diretora da ONG, Raquel Barros, conheceu as instalações em que são atendidas 25 adolescentes e 30 crianças. As jovens, segundo a diretora, são vítimas da vulnerabilidade social. Entre elas, estão mães solteiras ou grávidas que sofreram abuso sexual ou que viviam em ambientes explorados pelo tráfico de drogas. Algumas das jovens mostraram trabalhos artesanais como bolsas, que fazem parte da terapia ocupacional de recuperação social. Além disso, a ONG tem cursos profissionalizante na área da construção civil.
Depois da visita, Marina disse que seu programa de governo tem entre as prioridades valorizar experiências como a da Comunidade Lua Nova. A candidata também fez questão de dizer que vai preservar as boas ações dos governos anteriores, caso eleita. E que pretende ampliar a participação social no acompanhamento da gestão pública para que não haja dúvidas quanto à transparência das ações.
Os serviços essenciais como a saúde e a educação voltaram a ser destacados por Marina Silva como setores que devem sempre merecer a atenção dos governantes. A candidata manifestou o desejo de ampliar os recursos da saúde com a expectativa de que seja definida a regulamentação da Emenda 29, em tramitação no Congresso Nacional. Segundo Marina, hoje apenas as prefeituras estão realizando repasses na ordem de 15% dos recursos e, com a regulamentação, a União passaria a repassar 10% e os estados 12%.
;O meu compromisso é de que esses recursos sejam, progressivamente, colocados na saúde para que que se tenha a valorização das equipes de saúde que atendem as famílias e que hoje atendem 3 mil pessoas por equipe, nos queremos chegar a 2 mil pessoas por equipe;, afirmou.
Sobre os investimentos em educação, mais uma vez a candidata do PV reiterou que o ideal é ampliar os gastos dos atuais 5% do Produto Interno Bruto (soma das riquezas geradas no país) para 7%. ;Esses recursos é para que gente possa treinar adequadamente os professores e viabilizar uma reforma do ensino combinando as práticas pedagógicas com outras atividades que leve o aluno a ter um processo de aprendizagem constante e temos também de investir sério em inovação e tecnologia;.