postado em 15/09/2010 00:55
Propostas, ataques e explicações. Os candidatos ao governo do Distrito Federal aproveitaram o debate realizado pelos Diários Associados e TV Brasília nesta terça-feira (14/9), para explicar denúncias, falar de algumas propostas de governo e atacar os adversários, inclusive por tabela como aconteceu logo na primeira pergunta de candidato para candidato no terceiro bloco.
Em quase uma hora e meia de debate, muitas perguntas ficaram sem resposta, os candidatos escorregaram para fugir de algumas indagações, mas aproveitaram bem o espaço para se promover ou atingir os adversários. Nessa linha, houve quem apostou que a melhor defesa fosse o ataque, como Roriz, em suas considerações finais, ao dizer que não queria fazer uma campanha com ataques, mas usou sua primeira participação no debate para alfinetar seu opositor Agnelo Queiroz.
[SAIBAMAIS]Joaquim Roriz (PSC) aproveitou sua primeira pergunta direcionada para Toninho do PSol, para questionar a aliança que forma a chapa do candidato Agnelo Queiroz (PT). Toninho e Roriz fizeram críticas em dobradinha ao fato do petista ter em sua chapa Tadeu Filippelli, do PMDB, antigo aliado do ex-governador. Agnelo alimentou a troca de farpas ao se dirigir a Roriz como o candidato impugnado em uma de suas respostas.
O petista respondeu à pergunta sobre sua aliança e citou o tema depois nas considerações finais. A justificativa de Agnelo foi a de ser fiel às alianças federais, citando o presidente Lula e Dilma Rousseff, candidata à Presidência e com o discurso de "quanto mais melhor", disse que a união dos 11 partidos políticos ajudaria a adminsitrar melhor a capital.
No final do debate, o vice de Agnelo, Tadeu Filippelli chegou a comentar os ataques ao seu candidato. "É notório que Roriz traga nesse momento um perfil mais de ataque e tenta insinuar para atingir Agnelo". Sobre as insinuações de Roriz sobre traições na política, Filippelli disse que o candidato do PSC não fazia referências a ele, mas sim a outras experiências que o ex-governador teve em sua vida política.
Ainda sobre as alianças, Agnelo chegou a cogitar a participação de Toninho, antigo militante do PT, em seu futuro governo em caso de vitória. Eduardo Brandão, nos bastidores, admitiu que poderia integrar o governo vencedor, desde que seu partido assim decida.
Propostas
Na primeira pergunta sobre seguraça pública, Toninho do PSol e Eduardo Brandão (PV) afirmaram que vão acabar com os postos comunitários de segurança, criados pelo governo Arruda, e reforçaram suas propostas de levar a polícia para as ruas. Joaquim Roriz também repetiu o discurso dos dois candidatos, mas acrescentou que instalará câmeras de vigilância em todo o DF, como é feito nos países de primeiro mundo como ele mesmo citou. Agnelo prometeu que, se eleito, equipará a Polícia militar e civil com recursos tecnológicos e humano, com a contratação de mil policiais por ano em seu governo.
Em uma das perguntas feitas pelos jornalistas, no quarto bloco, Agnelo falou que não deixará as vans voltarem a fazer parte do sistema de transporte público do DF.
Toninho do PSol, que defendeu mais uma vez sua bandeira de governar com honestidade, transparência e seriedade, se ofendeu com o comentário feito por Agnelo em um direito de resposta por considerar que o petista o estava chamando de desonesto.
O candidato do PSC, reafirmou em uma das respostas que pretende aumentar o número de cidades do DF, além das nove já criadas por ele nos governos passados. Roriz justificou a necessidade de ampliar ainda mais o DF citando os estudos da expedição cruls que definiu o quadrilátero do DF e com a forte demanda do centro da capital.
Roriz, que respondeu a todas as perguntas com uma calma característica, apareceu no debate cabisbaixo. Pouco olhou para a platéia composta de assessores e jornalistas. Os poucos olhares e movimentos se ateram quando o opositor, Agnelo Queiroz, falou e reafirmou em uma de suas respostas que é Ficha Limpa.