Adriana Bernardes
postado em 01/10/2010 19:18
O advogado Eri Varela, ligado à Joaquim Roriz, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) notícia crime contra o ministro Ayres Britto na tarde desta sexta-feira (1;/10). A denúncia também cita o genro e a filha do magistrado, Adriano José Borges de Silva e Adriele Pinheiro Reis Ayres de Britto, além do ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski.[SAIBAMAIS]Ele acusa o genro do magistrado de procurar Joaquim Roriz para negociar a participação do escritório de Adriano no recurso do ex-governador na Suprema Corte, o que obrigaria o integrante do STF a se declarar impedido de julgar o caso. Na ocasião, o ex-governador buscava reverter as decisões do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que barraram sua candidatura ao Palácio do Buriti com base na Lei da Ficha Limpa. Segundo o advogado, o ministro sabia de toda a negociação.
Sem o voto de Ayres Britto, que também foi relator do recurso, o placar na Suprema Corte seria de quatro votos contra o ex-governador e cinco a favor. Adriano teria pedido R$ 4,5 milhões para o negócio: R$ 1,5 milhão seria entregue antes da votação e o restante após a vitória de Roriz. O ministro do TSE também é citado na notícia crime por ter acelerado o despacho do recurso para que Ayres Britto não ficasse impedido de participar do julgamento.