postado em 03/10/2010 06:12
Porto Alegre ; ;Aqui, um ajuda o outro. Nosso objetivo é mais de 50%. Se der um pontinho a mais, tudo bem;, afirma o candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo PT, Tarso Genro, antes de começar a sua terceira caminhada da véspera da eleição, em busca de duas vitórias no primeiro turno ; a própria e a da candidata a presidente, Dilma Rousseff. Os dois votam juntos hoje na Vila Assunção, zona Sul da capital gaúcha. Se conseguir, será a primeira vez que o povo gaúcho elege seus governadores em primeiro turno, desde que a reeleição foi aprovada pelo Congresso, há 13 anos.Tarso e Dilma estão numa situação parecida. As últimas pesquisas apresentaram os dois com percentuais capazes de liquidar a eleição ainda hoje, sem precisar enfrentar uma segunda rodada contra os adversários. O levantamento do Ibope encomendado pela RBS, o último divulgado antes do pleito, apresentou o petista com 48% das intenções de voto, seguido do ex-prefeito da capital José Fogaça (PMDB), com 26%. A governadora-candidata, Yeda Crusius, do PSDB, tem 15%. Os indecisos, 5%.Pedro Ruas, do PSol, Júlio Flores, do PSTU, e Aroldo Medina (PRP) tiveram 1% cada um. Os demais não chegaram a um dígito.
Diante desses resultados, o PT apostava ontem na tradicional garra dos seus militantes no último dia para conquistar votos. Tarso percorreu os principais centros da região metropolitana, com caminhadas em cada uma delas. Em Canoas, no fim da manhã, mais de 500 pessoas acompanharam o petista, com palavras de ordem: ;Um, dois, três, quatro, cinco mil, é Tarso no Rio Grande e Dilma no Brasil.; O evento foi reforçado pela presença do senador Paulo Paim (PT) e pelos deputados Marco Maia (PT) e Manuela D;Ávila (PCdoB).
Esforços
Os adversários também concentraram os últimos esforços de campanha na região metropolitana para tentar levar a eleição ao segundo turno. Fogaça mobilizou simpatizantes em carreatas que saíram de diferentes pontos da cidade logo depois do almoço e, no fim da tarde, terminaram no comitê central, na avenida Farrapos, um dos principais caminhos do centro da cidade em direção ao aeroporto.
A governadora Yeda Crusius caminhou por vários pontos da capital. ;Estamos acreditando até o último minuto. Não é costume do povo gaúcho decidir no primeiro turno;, comentou Yeda. Yeda e Fogaça têm ainda um segundo ponto da luta pela prorrogação: parecem não ter candidato a presidente. A governadora tucana praticamente abandonou José Serra e tratou ontem da própria campanha. Fogaça, que há duas semanas reclamou da falta de um candidato a presidente do PMDB, também concentrou mais na própria história política: ;Estou focado no povo gaúcho. Nas ruas, não temos o sentimento de primeiro turno;.