postado em 03/10/2010 06:05
Apesar da forte tendência de continuidade do PT na Presidência, um novo desenho do mapa político nacional pode sair das urnas hoje. A principal alteração é a queda do prestígio do DEM, que deve perder postos em todos os estados. No sentido contrário, estaria o avanço dos petistas. O principal partido de oposição, o PSDB, mantém-se fortalecido com possíveis vitórias nos dois principais colégios eleitorais do país: São Paulo e Minas Gerais. A liderança da oposição, entretanto, deve mudar de endereço, deixando a terra da garoa e indo em direção ao ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, segundo análise do cientista político Gaudêncio Torquatro.Para o cientista político Carlos Ranulff, a alteração mais significativa será o fim do carlismo, curral eleitoral mantido, na Bahia, por Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007. A derrocada do partido foi determinada não só pela vitória, em 2006, do petista Jacques Wagner, mas também pelo envolvimento de representantes políticos importantes em suposto escândalo de corrupção, como o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. ;Esse caso desgastou a imagem do DEM, ao acertar em cheio o político de maior projeção do partido justamente depois de ele mudar de nome para se livrar do desgaste do antigo PFL;, comenta Ranulff.
Pela análise das pesquisas eleitorais, em 15 estados, seus governadores podem ser reeleitos. Três partidos ; PSDB, PMDB e PT ; podem eleger cinco governadores cada um ainda no primeiro turno. Mas tucanos levam vantagem se levado em conta o tamanho das unidades federativas e de suas economias, devendo representar quase a metade de economia dos estados. Enquanto isso, o petistas e os peemedebistas devem eleger o mesmo número de candidatos, mas em estados de porte médio.
No caso do PMDB, o partido destaca-se pela reeleição de Sérgio Cabral. Mas o partido, com representantes em nove estados, deve ter apenas quatro eleitos. Sem contar o segundo turno, o PTB deve conseguir eleger dois governadores: o ex-presidente Fernando Collor, em Alagoas, e Lucas Barreto, no Amapá. A quantidade é a mesma da do DEM. A previsão é de que o partido eleja Rosalba Ciarlini no Rio Grande do Norte e Raimundo Colombo em Santa Catarina. O PSB pode sair da campanha eleitoral deste ano com quatro governos na bagagem. O destaque pessebista deve ser o governador pernambucano Eduardo Campos.