postado em 03/10/2010 06:08
Se os institutos de pesquisas tiverem razão, o Senado ganhará no próximo ano pelo menos 35 novas caras. A lista de novatos é formada por ex-governadores, ex-prefeita, ex-deputados, ex-presidente da República e até mesmo um pagodeiro. Eles fazem parte da lista de renovação das 54 vagas a serem confirmadas nas urnas. Os 35 possíveis novos senadores e os 19 reeleitos se juntarão aos 27 que iniciaram mandato em 2006 e só passarão novamente pelo teste das urnas em 2014.Na maioria dos estados, as pesquisas eleitorais dão boa margem de vantagem para o primeiro e o segundo colocados, candidatos que serão eleitos por voto majoritário. Na Bahia e no Amazonas, no entanto, o cenário pode apresentar surpresas. O petista Walter Pinheiro (PT) esboçou reação na reta final da disputa baiana e se aproximou dos dois primeiros colocados, Lídice da Mata (PSB) e Cesar Borges (PR). No Norte, o senador Arthur Virgílio (PSDB), pelo critério numérico das pesquisas, não se reelegeria. Mas as urnas podem colocar as sondagens à prova.
Na lista de senadores de peso que podem não voltar à Casa, além de Virgílio, estão Heráclito Fortes (DEM-PI) e Marco Maciel (DEM-PE). Depois da série de escândalos que atingiu o Senado no fim de 2009 e em meados de 2010, os eleitores acenaram para a renovação. Apenas os estados de Goiás e Rio Grande do Norte devem optar pela renovação de seus senadores já em exercício na Casa.
Mas a grande reforma no resultado das eleições pode ficar por conta da Lei do Ficha Limpa. Em pelo menos quatro estados, candidatos com chance de vencer estão pendurados na Justiça Eleitoral. Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não fecha questão sobre a validade da regra que veta candidaturas de fichas sujas, os eleitores do Pará podem ver o terceiro e o quarto colocado na disputa do Senado assumirem as cadeiras no lugar de Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT). Na Paraíba, o senador Efraim Morais (DEM), em terceiro nas pesquisas, pode voltar ao Senado se os votos de Cássio Cunha Lima (PSDB), primeiro colocado na corrida, forem anulados. E o resultado da eleição do Tocantins pode apontar para o terceiro colocado, pois os votos de Marcelo Miranda (PMDB), segundo colocado, podem ser anulados. Santa Catarina também integra a lista dos cenários problemáticos.
Minibancada
No Amapá, operação da Polícia Federal para combater desvio de dinheiro embaralhou as eleições. O ex-governador e candidato ao Senado Waldez Góes (PDT) foi preso e os eleitores migraram para o terceiro e quarto colocados. Com isso, o PSol tem chances de formar, pela primeira vez, uma minibancada no Senado, com Randolfe Rodrigues (AP) e Heloisa Helena (AL).
A dupla ;Pimentel; do PT é que pode ficar de fora, apesar da aposta do partido. O ex-ministro José Pimentel (PT-CE) e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT-MG) aparecem como terceira opção dos eleitores e correm o risco de não conquistar cadeiras no Senado.