Cerca de oitenta autoridades eleitorais e representantes da Cúpula América do Sul - África (ASA), do Fórum de Diálogo Índia - Brasil - África do Sul (IBAS) e do agrupamento Bric (Brasil- Rússia, Índia, China) particparão, nos dias 3 e 4 de outubro, em Brasília, do Encontro sobre o Sistema Eleitoral Brasiliero.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandowski, vai receber os observadores estrangeiros para apresentar o sistema eleitoral brasileiro.Os participantes do encontro visitarão locais de votação no Distrito Federal e participarão de palestras informativas sobre o sistema eleitoral brasileiro, como a utilização da urna eletrônica.
Em todo Brasil
Além do DF, a missão de observadores vai se dividir entre os colégios eleitorais do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, de São Paulo e da Bahia. Na relação dos 36 países que enviaram representantes, além do México e da Argentina, há observadores do Irã, dos Estados Unidos, do Haiti e da Turquia, assim como europeus e africanos.. É a maior missão de observadores estrangeiros já recebida no país, no período eleitoral, segundo a Assessoria Internacional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Argentina e o México são os países que mais enviaram observadores ; 33 e 12, cada um.
Tradicionalmente as eleições no Brasil são acompanhadas por estrangeiros que se dividem pelos vários colégios eleitorais do país. A participação da missão estrangeira não causa gastos ao governo brasileiro, segundo o TSE. Em decorrência dos avanços desenvolvidos pela Justiça Eleitoral de segurança na votação e agilidade na apuração, vários países se interessaram no sistema brasileiro.
O TSE informou que está em fase de negociação de parcerias com vários países, como a Itália e Rússia. A Justiça da Itália analisa a possibilidade de usar o sistema brasileiro de urnas eletrônicas na votação dos italianos, que moram no Brasil, nas eleições presidenciais daquele país em 2012. No caso da Rússia, o objetivo é fazer a parceria com o Brasil para adotar a informatização nas eleições de 2015.Nas quatro últimas eleições (de 2002 a 2008) o Brasil recebeu, em média, 20 estrangeiros como observadores de 35 países.