postado em 03/10/2010 12:21
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, chegou, por volta das 10h30, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para falar sobre a votação paralela, que começou às 8h deste domingo. Para ele, o sistema é um dos procedimentos mais importantes para a segurança da votação, além de todos os instrumentos de controle já existentes e realizados em todo o país.
Questionado sobre a publicação no dia das eleições de artigos a favor de candidatos, o ministro respondeu que não há motivo para monitoramento da imprensa em um país livre. Sobre as eleições, ele disse que seguem tranquilas em todo o país, com apenas um problema no Amazonas - uma urna foi enviada ao local errado e, como não houve tempo para chegar, a votação está sendo feita em cédulas de papel. Apenas 0,1% das urnas foram trocadas em todo o país.
Lewandowski falou também sobre a novidade deste ano nas eleições: o voto em trânsito. Segundo o ministro, 80 mil eleitores se inscreveram e a expectativa é que o número seja ampliado nos próximos pleitos. Sobre a dúvida dos eleitores sobre qual documento levar para votar, ele explicou que os dois documentos são "necessários", tanto o título de eleitor quanto o documento com foto. "O STF disse que, na eventualidade de esquecer o título, a pessoa não será impedida de votar", esclareceu o ministro.
O presidente do TSE disse que 200 mil eleitores brasileiros se apresentaram no exterior para votar e que houve apenas um problema em Paris. Em razão de uma greve, não foi permitida a chegada de urna eletrônica, então a votação será feita por cédulas de papel. Sobre os registros indeferidos, Lewandowski afirmou que a lei da ficha limpa aumentou consideravelmente o número e o trabalho da Justiça Eleitoral. Ele garantiu o maior esforço para que os registros sejam julgados antes da posse e explicou que os votos serão computados, arquivados e não serão proclamados.
Votação paralela e DF
O procedimento de votação paralela serve para testar a confiabilidade das urnas eletrônicas, que são sorteadas um dia antes da votação. O número de urnas a serem auditadas é proporcional ao número de habitantes, então, no DF, são inspecionadas duas urnas, cada uma com 500 votos. A ideia é mostrar que votar na urna eletrônica é tão seguro quanto votar por meio de cédulas.
Das mil cédulas, 550 foram preenchidas por membros dos 27 diretórios de partidos políticos do DF. As restantes, 450, foram preenchidas por alunos do ensino médio de Santa Maria. Ao final, as cédulas são colocadas em urnas de lona e lacradas, assim como antigamente. Hoje pela manhã, elas foram abertas e começou o processo de auditoria. Os funcionários passaram a digitar os números da cédula na urna. Cada voto é digitado duas vezes, na urna e no sistema de auditoria, e filmado para garantir a fiscalização. Ao final, os votos da urna de lona têm de ser iguais aos da urna eletrônica. Os processos anteriores de auditoria demonstraram 100% de confiança.