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Eleitores enfrentam longas filas para votar em trânsito no DF

postado em 03/10/2010 17:22
Nas eleições onde os brasileiros ganharam o direito de votar para presidente fora de casa, filas se acumularam no Instituto de Ensino Superior de Brasília (IESB), local determinado pela justiça eleitoral para a votação dos 8132 eleitores que solicitaram o direito do Distrito Federal. Em média, cada uma das 14 seções recebeu 600 eleitores, bem acima da média nacional, onde 250 pessoas votam em cada urna.

De acordo com Marco Aurélio Martins, agente de informações da justiça eleitoral no IESB, a grande quantidade de eleitores que se cadastrou para o voto em trânsito no DF fez com que o Tribunal Regional Eleitoral alterasse o local de votação. "Inicialmente esses votos seriam concentrados na Universidade de Brasília, mas como os cadastros foram muitos, precisamos mudar para cá, onde a estrutura é melhor", explica. "Além disso, aqui temos melhores condições para receber os ministros do TSE, que também votaram em trânsito", completa.

Mesmo com a estrutura especial, o eleitor em trânsito precisou de paciência. No período da manhã, o tempo médio de espera foi de duas horas, na parte da tarde, as seções ficaram mais vazias e as filas diminuiram. Mesmo assim quem estava fora de casa precisou esperar pelo menos 40 minutos antes de digitar na urna eletrônica os dois números dos candidados a presidente.

"É complicado ficar esperando, mas pelo menos poderemos votar", reclamou o analista de tecnologia Fábio do Nascimento, 24 anos. Ele votaria na cidade de Santa Inês, no norte do Maranhão, mas como se mudou para Brasília há 3 meses, não pode transferir seu título pra cá. "O jeito foi votar pelo menos para presidente, o que não dá é para deixar de exercer a cidadania", afirma.

No meio da tarde, outra confusão. O corredor onde duas urnas ficam localizadas não foi suficiente para comportar a quantidade de eleitores que esperavam a vez. A solução foi transferir uma das seções para outra sala. "Aí foi mais meia hora de atraso, para eles transportarem e reinstalarem os equipamentos", reclamou a funcionária pública Cristina Melo, 48 anos, que originalmente votaria em Recife.

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