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Em nota, executiva do PSol-DF defende voto nulo de Toninho para governador

postado em 06/10/2010 18:40
A direção executiva do PSol-DF divulgou, na tarde desta quarta-feira (6/10) uma nota oficial defendendo a posição do ex-candidato ao governo do Distrito Federal Antônio Carlos de Andrade, o Toninho do PSol. Em entrevista coletiva na última segunda-feira (04/10), Toninho disse que não apoiará nenhum candidato à disputa ao GDF no segundo turno e anulará seu voto.

[SAIBAMAIS]Segundo o comunicado, a posição de Toninho é a mais coerente, pois os projetos apresentadados por Agnelo Queiroz (PT) e Weslian Roriz (PSC) são completamente diferentes daquele que o socialista defendeu durante o primeiro turno das eleições. "Temos certeza que o povo entenderá e apoiará o nosso posicionamento nesse momento", diz a nota.

No primeiro turno das eleições, um total de 95.130 eleitores votou nulo para governador do Distrito Federal. O número equivale a 6,13% de todos os votantes.

Entretanto, 68% dos 465 internautas participantes da enquete "Você concorda com Toninho do PSol, que deve votar nulo no 2; turno para o GDF?", publicada no Correiobraziliense.com.br, discordaram da posição do ex-candidato. A sondagem ficou disponível no site do Correio das 0h às 17h30 desta quarta-feira.

Confira a nota na íntegra:

Registramos nosso agradecimento aos eleitores e às eleitoras do Distrito Federal que depositaram o seu voto e a sua confiança na candidatura de Toninho do PSOL. Foram quase 200 mil votos pela mudança, pela ética e pela honestidade, conquistados junto ao povo em todas as localidades de nossa Capital.

Representamos a mudança nesse processo eleitoral durante o primeiro turno. Não tergiversamos sobre nossas propostas.

Defendemos sempre com clareza nossas idéias e o nosso programa para governar o Distrito Federal, nos diferenciando e combatendo os projetos representados por Agnelo Queiroz/Tadeu Filipelli e por Joaquim Roriz/Frejat e seus respectivos partidos e alianças conservadoras e atrasadas.

Não estamos no segundo turno. Os escolhidos foram Agnelo e Dona Weslian Roriz. Dois projetos completamente diferentes daquele que Toninho defendeu nesse processo eleitoral.

Nosso candidato colocou-se claramente contrário à aliança política costurada entre o PT, PMDB, PTB, etc. e também contrário à aliança rorizista. As considerava alianças meramente eleitoreiras, sem nenhuma identidade programática ou ideológica. Lembramos que foi o PSol quem ingressou com o pedido de impugnação da candidatura de Joaquim Roriz junto à justiça eleitoral, com base na Lei da Ficha Limpa.

Durante o primeiro turno, enfrentamos com firmeza, de forma politizada e programática, as candidaturas de Agnelo e Roriz. Não nos cabe outra alternativa, em nome da coerência e da honestidade política, senão a de adotar a posição de voto nulo nesse momento, pois não nos sentimos representados nem por um e nem pelo outro projeto. Assim, mantemos o discurso que adotamos durante toda a campanha eleitoral. Temos certeza que o povo entenderá e apoiará o nosso posicionamento nesse momento.

Os eleitores do Distrito Federal são livres para se posicionarem como bem entenderem nesse 2; turno da eleição para governador do Distrito Federal. Cada um agirá de acordo com sua consciência. Estamos tão somente exercendo nosso sagrado direito de manifestar com clareza e objetividade uma posição nesse momento da história política de Brasília. Esse é o papel do PSol.

É assim que deve ser um processo verdadeiramente democrático e também o papel de um partido político de esquerda, socialista e democrático, como é o PSol, que não se submete à lógica dos conchavos e acordos políticos com vista tão somente à conquista de espaços no aparato do Estado, principalmente na partilha de cargos, benesses e favores na administração pública.

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