postado em 06/10/2010 19:09
Na tentativa de mobilizar lideranças regionais do PMDB em torno da campanha da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, o partido vai distribuir um vídeo convocando a militância a se engajar mais no segundo turno. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (6) em reunião que o PMDB promoveu para ;aparar as arestas;, conforme admitiu o presidente do partido e candidato a vice-presidente na chapa de Dilma, Michel Temer.O PMDB quer resolver conflitos regionais como o que surgiu na Bahia, no primeiro turno, onde Jaques Wagner, do PT, venceu o peemedebista Geddel Vieira Lima. Geddel não se sentiu apoiado por Dilma.
De acordo com Temer, o vídeo pelo qual o partido vai tentar unificar o discurso do partido será distribuído a 16 mil lideranças do PMDB. O partido é o que tem a maior capilaridade no Brasil, com cerca de 9 mil vereadores e 1,2 mil prefeitos. Temer disse que, até o final da semana, será lançado um documento com 13 pontos programáticos da campanha. Esse documento, de acordo com ele, é uma cobrança do PMDB à campanha de Dilma, já que devia ter sido lançado no primeiro turno.
;Os pontos fundamentais da campanha farão com que sejam desmentidas as inverdades que estão tramitando por aí a respeito da democracia e da religião;, disse durante a reunião que o partido promoveu para unificar a legenda em torno da campanha do segundo turno e para cobrar maior protagonismo do PMDB nesse processo.
Temer disse que percebeu a necessidade de reunir o partido para aglutinar as forças e sanar os problemas ainda no domingo (3), quando veio o resultado das eleições, levando a disputa ao segundo turno.Durante a reunião, várias lideranças do PMDB queixaram-se da falta de espaço na campanha presidencial do primeiro turno. O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), foi um dos que mais reclamou.
"Não queremos ser apenas o partido com o vice que torce pela vitória da candidata. Queremos ser o partido que elegeu o vice-presidente e a presidente", afirmou. O senador Renan Calheiros (AL) alegou que a chapa com o PT não é uma "mera coalizão" e que os peemedebistas querem ocupar todos os espaços de poder a que têm direito.