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Secretário de Educação nega coação em prol da campanha de Weslian Roriz

Naira Trindade
postado em 08/10/2010 16:52
Secretário de Educação do DF Sinval Lucas, durante entrevista coletiva no Palácio do BuritiO Secretário de Educação, Sinval Lucas, negou as acusações de que estaria coagindo servidores e diretores da educação a fazer campanha para a candidata ao Palácio do Buriti Weslian Roriz (PSC) e disse, na tarde desta sexta-feira (8/10), estar surpreso com as exonerações dos cargos. Ele afirma que não deu motivos para as saídas, já que, quando chegou à pasta, tentou tornar a educação pública mais humana, buscando multiplicar o conhecimento.

Há dez dias no posto, Sinval entrou no lugar de Marcelo Aguiar, que pediu exoneração do cargo no dia 28 de setembro após o governador Rogério Rosso declarar apoio a Weslian Roriz. Segundo Sinval, ele realizou duas reuniões com os diretores e, após a primeira, oito teriam saído. O motivo das exonerações seria a saída de Aguiar do comando da Secretaria de Educação, fato que o atual secretário considerou "ética profissional".

[SAIBAMAIS]De acordo com ele, nesta semana, mais dois diretores teriam pedido exoneração: um por motivos de saúde e o outro por uma questão ética, já que estaria envolvido na campanha de um candidato que Sinval Lucas preferiu não divulgar o nome. Ele disse ainda que em momento algum impôs que as pessoas votassem no seu candidato. "Eu tenho um partido que é o da educação", disse.

Denúncia

Servidores da rede pública de ensino denunciaram nesta manhã que o secretário de Educação os coagiu para que trabalhassem em prol da candidatura de Weslian Roriz (PSC). Segundo o diretor da Regional de Ensino do Plano Piloto e do Cruzeiro, Fábio Pereira de Sousa, 34 anos, o secretário convocou 14 diretores das regionais e outros funcionários da pasta para participar de uma reunião adminitrativa, ocorrida na última terça-feira (5/10), na sede da Secretaria de Educação para tratar sobre "o processo político no Distrito Federal". Na ocasião, Sinval teria pedido "explicitamente" que os professores e diretores trabalhassem apenas meio período nas escolas e no outro fizessem campanha da candidata.

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