Eleicoes2010

Dilma respeitará liberdade de imprensa e de convicção religiosa, diz Garcia

postado em 08/10/2010 19:59
Um eventual governo da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, respeitará a liberdade de imprensa, de opinião e de convicção religiosa, a exemplo do que fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesses quase oitos anos de mandato, garantiu hoje (8) o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República e um dos coordenadores da campanha do PT à Presidência, Marco Aurélio Garcia. Ele falou sobre o assunto ao chegar ao Palácio do Planalto, onde esteve para pegar documentos pessoais antes de sair de férias, quando se dedicará exclusivamente à campanha de Dilma.

[SAIBAMAIS]Marco Aurélio disse também que no debate eleitoral deve prevalecer a tese de que o Brasil é um Estado laico. ;Aqueles que criticam tanto os estados teocráticos deveriam se empenhar nessa mesma direção;, disse. ;Nesse governo, mais do que em qualquer outro, a liberdade de opinião, imprensa e convicção religiosa foi estritamente respeitada e no [eventual] governo da Dilma será respeitada da mesma maneira.;

;Qualquer tentativa de descaracterizar essa posição do governo brasileiro tem um nome muito preciso: isso se chama terrorismo. É uma coisa grave porque, entre outras coisas, fere o sentimento religioso, introduz no Brasil uma coisa que não temos, que é a divisão entre as religiões;, acrescentou Marco Aurélio.

Segundo ele, o debate sobre temas religiosos não pode ser manipulado para fins eleitorais. ;A única coisa que não toleramos, e isso não somos apenas nós governo, mas a sociedade não tolera, é uma campanha de mentiras, de manipulação para fins eleitorais. Seja da parte de pessoas que se escondem atrás da religião, porque eu sei qual é a religião dessas pessoas - é má religião, não é a boa -, seja da parte das pessoas que não têm religião alguma. Não é boa para a prática democrática do país que se lance mão desse tipo de questões;, afirmou.

Para ele, o tema central a ser discutido no segundo turno da campanha presidencial é o confronto entre os projetos de governo do PT, liderado oito anos pelo presidente Lula, e os oito anos do governo do PSDB, com Fernando Henrique Cardoso como presidente.

;Os dois projetos a sociedade conhece e, portanto, não precisa fazer muita especulação. Ela já viveu oito anos do governo Fernando Henrique, mais quatro do governo Serra, em São Paulo, e oito anos do governo Lula;, disse

;Quem fala que vai garantir a segurança, tem que explicar porque a cidade de São Paulo foi, em um determinado momento do seu governo, objeto de uma quase insurreição do crime organizado. Em segundo lugar, quem fala em combate ao crack no Brasil permitiu a existência das Cracolândias;, afirmou Marco Aurélio, referindo-se a problemas do estado de São Paulo, que foi governado por José Serra.

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