postado em 14/10/2010 17:32
A primeira mobilização de rua da campanha de Dilma Rousseff (PT) no Rio Grande do Norte, realizada no final da tarde desta quarta-feira (13) nas ruas de Natal (RN), foi marcada pela ausência das principais lideranças da base governista no Estado. Mesmo com o acirramento da disputa no segundo turno, o governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), o senador reeleito Garibaldi Alves Filho (PMDB) e o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) não prestigiaram o evento. O ato, que teve concentração na praça Gentil Ferreira, no Alecrim, e seguiu pelas avenidas Coronel Estevam e Rio Branco até culminar num comício no calçadão da rua João Pessoa, no Centro, não teve grande participação da militância, em comparação com as movimentações do primeiro turno.A deputada federal reeleita Fátima Bezerra (PT), coordenadora da campanha de Dilma no RN, assumiu a linha de frente da manifestação, que contou com a presença de outras lideranças como a também deputada federal Sandra Rosado (PSB), as deputadas estaduais Larissa Rosado e Márcia Maia (PSB) e os deputados estaduais eleitos Hermano Morais (PMDB) e Fernando Mineiro (PT), além de vereadores e representantes de movimentos religiosos. "Recebi uma ligação da assessoria do governador Iberê, informando que ele teve uma indisposição e não poderia vir. Wilma está cuidando de outras questões mas reafirmou total compromisso com a campanha, e Carlos Eduardo não chegou de viagem", afirmou Fátima Bezerra.
Ela procurou minimizar a divisão entre o PMDB e o PT, motivada por críticas do ex-candidato ao Senado pelo Partido dos Trabalhadores, Hugo Manso, ao senador Garibaldi Filho. "Não existe racha nenhum. O PMDB tem a mesma responsabilidade que o PT com a campanha, até porque o vice da chapa é do partido. Não tenho dúvidas que o senador Garibaldi e o deputado Henrique Eduardo estão vestindo a camisa de Dilma e já convocaram seus prefeitos e deputados", disse Fátima. Presidente do PMDB em Natal, Hermano Morais admitiu "divergências pontuais no calor da disputa", mas assegurou a unidade do partido em favor de Dilma. "Não há nada que gere dificuldades. São pequenos detalhes, já superados", contemporizou, admitindo até a possibilidade de um ato conjunto com todos os líderes até o final da campanha. As principais lideranças peemedebistas deverão participar da campanha realizando seus próprios eventos.
Difamação
Fátima Bezerra afirmou que Dilma Rousseff está sendo vítima de uma "campanha difamatória", que teria sido articulada pela própria mulher de José Serra, Mônica, e pelo candidato a vice-presidente, Índio da Costa (DEM). "É lamentável que a campanha adversária tenha enveredado por esse caminho, colocando a questão religiosa de forma totalmente distorcida. O que está em jogo é o futuro do Brasil", criticou. Filiado ao PSB, o vereador bispo Francisco de Assis, da Igreja Universal do Reino de Deus, manifestou seu apoio à candidata do PT. "Sou evangélico e voto em Dilma. Estão querendo colocar as igrejas contra ela, mas eu nunca a ouvi, porexemplo, defender o casamento gay, ao contrário do que dizem", rebateu.