Além de receber o manifesto organizado pela ex-secretária estadual de Educação do governo Serra, Marilena Guimarães de Castro, Serra prometeu, se eleito, manter o atual Programa Universidade para Todos (ProUni) e criar um programa semelhante para o ensino técnico, inicialmente chamado de Protec, com o qual planeja criar 1 milhão de novas matrículas no ensino profissionalizante. O candidato também afirmou que, na Presidência, vai valorizar os professores do ensino público, combater a repetência e a evasão escolar, sobretudo no ensino médio, e reformular o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Serra também afirmou que o vazamento de dados pessoais de milhares de estudantes que participaram da última prova do Enem desmoralizou o processo criado em 1998 para testar o nível de conhecimento dos estudantes do ensino médio e usado como forma de seleção das principais universidades públicas federais. "O Enem tem que ser refeito porque a utilização política e propagandística acabou arruinando o exame ao expor os dados pessoais dos jovens", disse.
O candidato também disse achar necessário que o Estado brasileiro gaste mais com o setor, mas destacou que o mais importante é usar o dinheiro já existente de forma mais eficiente. "É preciso cortar desperdícios, administrar as prioridades e combater a sonegação", alegou o candidato, criticando o PT por "aparelhar a Educação" e alegando que o número de formandos pelas universidades federais caiu entre os anos de 2002 e 2008, enquanto dobraram nas instituições estaduais.
"Temos que recuperar o planejamento do ensino universitário, ter uma coordenação, e hoje o que há é capacidade ociosa, universidades ruins e a queda do número de formandos, o que é incrível", explicitou Serra.
Após dizer que a nota média da educação nacional é baixa, o ex-governador de São Paulo comentou as críticas que entidades representativas dos professores paulistas fazem a gestões tucanas, sobretudo a iniciativas como a política de bonificação dos docentes com base no mérito pessoal. "Sempre tem [manifestações]. É impossível haver unanimidade, mas a educação [em São Paulo] está indo adiante e mesmo as questões da ênfase no mérito ou no incentivo são defendidas por alguns petistas distraídos. A própria candidata [Dilma Rousseff] e o ministro da Educação [Fernando Hadadd] já fizeram isso", disse.