postado em 16/10/2010 07:02
A campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência pediu ao Tribunal Superior Eleitoral a ampliação do teto de gastos da campanha de R$ 157 milhões para R$ 191 milhões. O reforço foi necessário para dar conta do aumento de gastos nas últimas semanas da corrida eleitoral. Até o final do primeiro turno, os petistas estimavam terem gastado cerca de R$ 100 milhões - R$ 20 milhões a menos do que o montante necessário para reeleger Lula em 2006. A ampliação ainda precisa ser aprovada pelo relator do pedido, o ministro Aldir Passarinho Júnior.O pedido aproxima os valores máximos previstos por tucanos e petistas. A campanha de José Serra (PSDB) estimou gastar até R$ 180 milhões. No primeiro turno, a conta tucana superou a arrecadação, mas os valores ainda não foram divulgados pelo partido. O valor recolhido por doações ficou próximo de R$ 45 milhões. A coligação de Dilma alega que a ampliação é necessária por conta do crescimento de gastos com a organização e divulgação.
O acréscimo estimado pelo tesoureiro petista, José Filippi Jr., seria de pouco mais de 20%, conta extra que sairia integralmente das contas do partido - o PMDB contribuiu com R$ 15 milhões do total a ser gasto pela candidatura. O reforço no caixa será necessário para manter a mobilização das estruturas regionais, em especial nos locais em que a eleição para governador acabou em primeiro turno, e aumentar as equipes responsáveis pela formulação dos programas de rádio e tevê.
O pedido de ampliação dos gastos petistas foi feito a duas semanas do prazo para que as campanhas derrotadas ou eleitas em primeiro turno apresentem sua prestação final de contas. Para as candidaturas presidenciais petista e tucana, assim como para os governos estaduais que foram para o segundo turno, o prazo será 30 de novembro.