Eleicoes2010

Diferença foi apertada na eleição para governador da Paraíba

Igor Silveira
postado em 17/10/2010 07:48

Faltaram 4.843 votos para a Paraíba ter um governador eleito ainda no primeiro turno destas eleições. O ex-prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho (PSB), que não se elegeu por pouco, terá que enfrentar o atual governador, Zé Maranhão (PMDB), que, na primeira fase do pleito, mostrou o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre que teve oportunidade. Apesar de os dois candidatos pertencerem a partidos da aliança nacional que apoia a aspirante à Presidência da República do PT, Dilma Rousseff, Coutinho tem um grande aliado que causa constrangimento na relação entre o político e a ex-ministra-chefe da Casa Civil: Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato ao Senado mais votado no estado, mas que está com o registro sub judice. Ele é o principal cabo eleitoral do tucano José Serra em solo paraibano.

Durante o primeiro turno, a página eletrônica de Ricardo Coutinho exibia fotografias dele com Cunha Lima e Dilma. Apesar de não declarar apoio a José Serra publicamente, até pela participação do partido na aliança nacional, o candidato do PSB também não tem sido dos mais entusiasmados na campanha da presidenciável petista.

No embate direto entre Maranhão e Coutinho, as farpas são lançadas dos dois lados e o prognóstico é de que votação do próximo dia 31 seja tão apertada quanto a do último dia 3. No primeiro debate do segundo turno, realizado na última quinta-feira, os dois candidatos usaram as munições disponíveis. Enquanto Coutinho chamava Maranhão de irresponsável por apresentar uma proposta que terá forte impacto sobre o orçamento do estado, o político do PMDB acusou o adversário de ter dinheiro guardado no comitê de campanha para comprar votos no primeiro turno.

Reajustes
A proposta a qual se refere Ricardo Coutinho é a promessa de Maranhão de conceder os reajustes salariais de policiais, de militares e de agentes penitenciários previstos na Proposta de Emenda Constitucional n; 300 (PEC 300), que tramita no Congresso desde 2008. ;Essa é uma proposta eleitoreira. O candidato não tem ideia do impacto disso. O estado não poderá pagar porque isso corresponde a 31% do valor da folha e o senhor não terá como pagar;, criticou o candidato do PSB, referindo-se ao aumento de R$ 62 milhões mensais nas contas da Paraíba.

A investida de Maranhão sobre Coutinho também foi incisiva. Ele lembrou a apreensão de quase R$ 39 mil que a Polícia Federal fez, em 1; de outubro, no comitê financeiro de campanha do político do PSB. Na gaveta onde estavam as notas, a polícia também encontrou uma lista com nomes que seriam de eleitores. Todo o material recolhido está sendo investigado para saber se
o dinheiro era ou não para a prática de compra de votos.

Atual governador da Paraíba, o peemedebista José Maranhão tentará a reeleição daqui a duas semanas

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