postado em 21/10/2010 08:44
No próximo domingo, o Rio de Janeiro volta a assumir, ainda que por pouco tempo, o papel de centro político do país ao receber atos de mobilização dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Os candidatos medem forças, respectivamente, em duas carreatas: na Zona Oeste da capital fluminense e na orla da Praia de Copacabana.Para o governador do estado, Sérgio Cabral (PMDB), domingo será o dia de ampliar a vantagem que a candidata petista teve no primeiro turno - foram 3.739.632 votos, ou 43,76% do total válido, contra 1.925.166 dados para Serra, o equivalente a 22,53% - e continua a apresentar, segundo estatísticas internas da coligação a que pertence. "Essas pesquisas mostram que Dilma está 21 pontos à frente e essa diferença vai aumentar depois da carreata. A importância do Rio de Janeiro nessa fase da campanha é grande, já que o estado tem o terceiro maior eleitorado do país", avaliou Cabral, ao sair da abertura da 38; edição do Congresso Brasileiro de Agências de Viagens (Abav 2010). Eleito no primeiro turno com 5.217.972 votos (66,08% do total válido), o governador aproveitou o primeiro dia do evento para agradecer pela vitória e fazer uma campanha discreta para a presidenciável.
Diálogo
"Somos hoje um país que lida com os países ricos da mesma maneira que dialoga com a África, a Ásia e a América. Um país que teve o empenho de trazer para cá e para o Rio de Janeiro o maior calendário esportivo do planeta. O Rio de Janeiro tornou-se sede das Olimpíadas de 2016, o que dá perspectiva internacional ao Brasil. Vamos aproveitar este momento e fazer uma reflexão: o que temos pela frente em 31 de outubro? O que queremos?", discursou, recebendo aplausos tímidos da plateia.
Para o governador, a presença da campanha de Serra no Rio de Janeiro, no próximo domingo, não interferirá nos planos ou no ânimo da coligação. O sentimento é compartilhado pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB), que dividiu os microfones com Cabral na Abav 2010 e também deve participar da carreata da presidenciável petista. "O Rio sintetiza o país e a Dilma vai ganhar aqui", apostou.