postado em 28/10/2010 08:30
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, aproveitou um ato de campanha a fim de divulgar propostas para a área social como pretexto para mobilizar cabos eleitorais quatro dias antes do dia derradeiro do segundo turno. O documento detalha propostas que, em sua maioria, constavam do programa de governo apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há quase quatro meses.Os pontos já tratados são eliminar a pobreza absoluta no país, aumentar a oferta de serviços do Sistema Único de Assistência Social (Suas), consolidar o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), usar políticas de economia solidária para a geração de renda, proteção dos direitos da criança e do adolescente e garantir o acesso de comunidades tradicionais a programas do governo. O único ponto que não foi explorado na campanha e que consta do documento é a promessa de erradicar o trabalho infantil.
O coordenador do programa de governo de Dilma, Marco Aurélio Garcia, afirma que o documento divulgado ontem não é novidade, pois essas propostas já estão sendo debatidas pelos candidatos há dois meses. Para ele, o documento só ficaria perdido no debate político se apresentasse ideias não divulgadas.
Por isso o ato serviu mais para conclamar a tropa de choque petista a conquistar votos nas ruas. Foram distribuídos bandeiras, adesivos e cartilhas com propostas de Dilma. O ato fez parte da comemoração do aniversário de 65 anos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dia programado pelo PT para inflamar a militância.
Rouquidão
Dilma convocou seus eleitores a ir às ruas. ;De hoje até o dia 31, não achem que ;já ganhou;. ;Já ganhou; não dá certo porque você fica conformado demais, sobe no salto alto. Vamos disputar cada votinho;, afirmou a candidata, com a voz rouca pela maratona de campanha. A petista fez um discurso de comparação entre projetos: o que ela representa ;focado na população mais necessitada ; e o do adversário José Serra (PSDB).
Sobre o candidato tucano, Dilma cobrou uma investigação rigorosa sobre a suspeita de licitação dirigida das obras do Metrô de São Paulo, como revelado pelo jornal Folha de S. Paulo. ;É essencial que haja um controle maior dos processos licitatórios. Agora, eu acredito que, para se apurar as responsabilidades e para não ser leviano fazendo acusações, seria importante, pelo menos dessa vez, que eles abram sindicância, inquérito e apurem as responsabilidades.;