Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de fazer valer a Lei da Ficha Limpa para casos de renúncia para evitar a cassação, o que tornou Joaquim Roriz (PSC) inelegível, o ex-governador encaminhou uma carta designada ao povo do Distrito Federal. Neste documento, o ex-candidato ao GDF classifica o julgamento como "o último ato de teatro de absurdos". Para ele, foram utilizados "dois pesos e duas medidas" para avaliá-lo.
[SAIBAMAIS]O ex-governador tenta, ainda, desmoralizar a emenda da Lei da Ficha Limpa que trata de renúncia. Para Roriz, o deputado federal, relator da lei e coordenador de campanha de Dilma Rousseff (PT), José Eduardo Cardozo (PT-SP), teria feito a emenda a pedido do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal. O objetivo, em suas palavras, seria o temor "de minha vitória certa nas urnas".
No decorrer do texto, Joaquim Roriz afirma não entender porque o registro de sua candidatura ao Governo do Distrito Federal (GDF) foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e também pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-governador diz, também, que tinha certeza do amparo do STF: "Estava certo de que no Supremo Tribunal Federal encontraria amparo contra a nefanda campanha de mentiras, calúnias, perseguições e injustiças que venho sofrendo há muito anos".
Roriz explicou, ainda, o motivo da desistência ao GDF. Segundo a carta, com o empate de cinco a cinco no primeiro julgamento da Corte, não haveria outra alternativa para ele. Em seguida, o ex-governador voltou a falar que o Supremo teria decidido que a lei vale apenas para alguns. O texto diz que, com isso, os interesses do PT e do governo foram salvos.
Para finalizar a carta, Joaquim Roriz se diz desapontado, mas não vencido e pede votos para sua mulher, Weslian Roriz, que concorre à vaga de chefe do executivo local. Ele alega que o casal irá "resgatar o Distrito Federal do caos".