Eleicoes2010

Último debate presidencial começa com mais propostas e menos acusações

postado em 29/10/2010 22:20

[SAIBAMAIS]Os 80 eleitores indecisos convidados a participar do debate da Rede Globo nesta sexta-feira (29/10) elaboraram as 12 perguntas que serão feitas para os candidatos à presidência da República, neste que é o último debate das eleições.

O debate teve início com uma pergunta sobre funcionalismo. Serra lembrou a necessidade de se fortalecer o servidor de carreira. Dilma, na réplica, falou da importância se fortalecer os professores, investindo em melhores salários. A candidata ainda destacou exemplos como a melhoria para carreiras como a da Polícia Federal.

A segunda pergunta referiu-se a medidas para evitar o êxodo rural. Dilma respondeu sobre a valorização dos agricultores. A candidata lembrou de avanços como a disseminação da energia elétrica e da compra de alimentos diretamente dos produtores rurais. Serra falou do excesso de endividamento no setor e da inflação que atinge os produtos do campo.

Dilma rebateu, lembrando o aumento do financiamento para os produtores rurais.

Corrupção

A terceira pergunta foi sobre corrupção, elaborada pelo eleitor Lucas Andrade, de 24 anos, morador do Distrito Federal. O advogado perguntou para o candidato José Serra (PSDB) o que pode ser feito para mudar a realidade, diante as denúncias de corrupção envolvendo políticos e chefes de governo, como aconteceu na capital federal com a Operação Caixa de Pandora.

Serra disse que o trabalho começa por fortalecer órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a imprensa, que descobre a grande parte das irregularidades que acontecem. O tucano completou dizendo que é preciso aprimorar a Justiça e a legislação porque o que fortalece a corrupção é a impunidade. ;O exemplo tem que vir de cima. Tem que começar dando exemplo e punindo quando acontecer qualquer irregularidade;, destacou.

Na réplica, Dilma atribuiu o combate à corrupção ao reforço dado à Polícia Federal no governo Lula. ;É importante investigar e punir doa a quem doer;. A petista destacou também o trabalho da Corregedoria Geral da União (CGU), "que investigou e descobriu os sanguessugas", alfinetou, lembrando de escândalo que aconteceu na Saúde quando Serra era ministro. A candidata ainda lembrou que o procurador-geral da União na época do governo Fernando Henrique Cardoso (Geraldo Brindeiro) ficou conhecido como engavetador geral da república.

Serra rebateu dizendo que tem que escolher bem as equipes e não passar a mão na cabeça. E devolveu o cutucão. "Tivemos muitos escândalos sem resposta, como o dos aloprados, presos com R$ 1,7 milhão para comprar dossiê", devolveu.

Segurança

Uma eleitora de Fortaleza perguntou a Dilma sobre segurança, contando que já foi assaltada. A petista reconheceu o problema e afirmou que o governo federal sempre se omitiu no combate à violência nos estados e municípios. "Precisamos melhorar as polícias civil e militar, como a bolsa que estamos pagando e eu vou aumentar", prometeu. Dilma ainda falou que a impunidade precisa acabar e que as polícias comunitárias devem ser criadas.

Serra, na réplica, falou da importância de acabar com o tráfico de drogas e de armas. "Vou criar o Ministério da Segurança, porque o crime organizado é cada vez mais nacional. Se as drogas e as armas continuarem entrando, nada vai resolver", declarou. O tucano também defendeu a criação de um fichário nacional da criminalidade.

Dilma, na tréplica, afirmou que o cadastro nacional de criminosos já existe. A candidata admitiu que ainda falta juntar com as informações dos estados.

A petista falou da importância da criação da Força Nacional e do patrulhamento das fronteiras por aviões não tripulados, comprados de Israel. "Fomos a primeira polícia a comprá-los", declarou.

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