Eleicoes2010

Chuva atrapalha carreata da candidata ao GDF Weslian Roriz

Em evento realizado em Taguatinga, Weslian Roriz percorreu a cidade por cerca de uma hora, mas o desfile em busca de votos acabou interrompido por conta da mudança repentina no tempo. Hoje, ela cumpre compromisso em Itapoã e no Paranoá

Juliana Boechat
postado em 30/10/2010 08:41
A chuva voltou a comprometer a agenda de campanha da candidata ao Governo do Distrito Federal, Weslian Roriz (PSC). Como de costume, a carreata da ex-primeira-dama estava marcada para as 16h. Durante a concentração no terminal de ônibus da M Norte, em Taguatinga, o céu estava sem nuvens e os militantes se protegiam do forte sol nos prédios do comércio local. Pouco tempo depois da chegada de Weslian, por volta das 17h30, o tempo começou a mudar. Quando caíram os primeiros pingos de chuva, o desfile em carro aberto durava cerca de uma hora. O locutor do trio elétrico logo anunciou o fim do evento e os presentes se dispersaram. Hoje, Weslian realizará uma carreata no mesmo horário entre o Itapoã e o Paranoá. Segundo o Instituto de Meteorologia (Inmet), o dia será nublado com previsão de pancadas de chuva no fim da tarde.

O evento da coligação Esperança Renovada foi iniciado sob forte sol, mas acabou suspenso depois das nuvens que indicavam uma chuvaEsta não é a primeira vez que a chuva atrapalha os compromissos oficiais de Weslian Roriz. No último dia 19, a candidata puxou uma carreata pelas ruas do Condomínio Pôr do Sol e em parte do P Sul, em Ceilândia. O percurso foi todo em um carro de passeio. Quando tinha a oportunidade de cumprimentar moradores e potenciais eleitores, o casal Roriz abria as janelas cobertas por uma película escura para acenar. Animada, a candidata tomou a decisão de manter o evento em respeito aos militantes que estavam esperando por ela. No último fim de semana, Weslian também acabou se molhando. E, como a chuva tornou-se rotina, ela chegou a adotar o uso de um casaco de nylon amarelo para se proteger de qualquer imprevisto. Ontem, no entanto, a ameaça de mais água foi suficiente para a carreata ser interrompida no meio do percurso para que os políticos entrassem no veículo particular e seguissem para casa.

Weslian chegou ao ponto combinado para a concentração com mais de uma hora e meia de atraso. Ela se disse confiante em relação ao desfecho das eleições. ;Eu já estava animada e estou ainda mais agora. Brasília tem sede de coisas novas;, disse. A candidata ainda fez um breve balanço do período em que disputou a cadeira máxima do Executivo da capital. ;Foi ótimo, foi maravilhoso. A receptividade da população é muito boa;, opinou. Weslian está há 33 dias na disputa. Ela substituiu o marido, Joaquim Roriz, que teve o registro de candidatura barrado pela Justiça Eleitoral por em virtude de ter renunciado ao cargo de senador, em 2007. Sem o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso, na madrugada de 24 de setembro, Roriz preferiu colocar em prática o plano B.

Sem baixaria
Weslian ainda avaliou o tom utilizado por ela e pelo adversário ao longo da disputa. ;Não teve baixaria, não;, defendeu. Mas a troca de farpas entre Agnelo Queiroz (PT) e o grupo rorizista ultrapassou o limite das ideias ao longo do percurso da disputa por votos. Em alguns casos, o embate chegou aos tribunais. Os candidatos aproveitaram o horário eleitoral gratuito para divulgar acusações de irregularidades, de promessas não cumpridas e para divulgar propostas improváveis na disputa por eleitores na reta final da campanha. Apenas no segundo turno, os advogados das duas chapas ingressaram com 25 representações no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal. O clima de tensão que tomou as ruas, em alguns casos, acabou com agressões físicas entre as militâncias vermelha e azul.

Durante o último debate televisivo, que foi ao ar na última quinta-feira, o tom entre os dois candidatos foi mais ameno. O coordenador da campanha rorizista, Vatanábio Brandão, qualificou como ;boa; a atuação de Weslian no único embate com o adversário no segundo turno das eleições. A melhora em relação às participações do primeiro turno se deu graças a um mês de treinamento com equipe especializada.

Validação
No julgamento da última quarta-feira, o plenário do STF enfrentou o mesmo impasse do primeiro julgamento, em 24 de setembro, que durou mais de
10 horas O placar empatou novamente em cinco a cinco. Desta vez, no entanto, o ministro Celso de Mello propôs que o tribunal acatasse a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, favorável à validação da Lei da Ficha Limpa. A proposta foi aceita pela maioria dos magistrados.

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