Ana Maria Campos
postado em 31/10/2010 05:59
Agnelo Queiroz (PT) precisou passar por uma longa etapa até conseguir chegar ao segundo turno desta eleição ao Governo do Distrito Federal. O ex-ministro do Esporte tentou concorrer em 2006 pelo PCdoB, mas não conseguiu formar um arco de alianças capaz de viabilizar sua candidatura. Disposto a disputar, foi pragmático. Deixou o PCdoB e entrou no PT. No partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele esbarrou em outro adversário, Geraldo Magela. Os dois permaneceram em confronto durante quase dois anos, até as prévias da legenda, ocorridas em março, que escolheram Agnelo como o representante petista na disputa eleitoral.Há 45 dias, ninguém seria capaz de prever que Weslian Roriz (PSC) estaria no páreo. Ela não esconde que está na campanha a pedido do marido, Joaquim Roriz, que enfrentou muitos percalços nos últimos quatro anos e mesmo assim tenta, por meio da família, reconquistar o poder. Roriz passou a campanha inteira se defendendo das críticas de que estava enquadrado na Lei da Ficha Limpa por ter renunciado ao mandato no Senado em 2007.
Na última sexta-feira, divulgou um manifesto em que acusou o PT de ter incluído na nova norma a questão da inelegibilidade pela renúncia como uma estratégia sob medida para tirá-lo da eleição. O secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo (SP), que relatou as emendas do projeto na Câmara, negou. Disse que a regra foi incluída no projeto que originou a Lei da Ficha Limpa por iniciativa da sociedade. Leia abaixo a cronologia dos principais eventos que antecederam o segundo turno, disputado hoje.