postado em 11/09/2011 09:57
Brasília ; Uma década depois dos ataques de 11 de setembro, o Brasil condena as práticas que vão em oposição à busca pela paz e estabilidade no mundo. Em cerimônia em Istambul, na Turquia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou que o mundo atual deve buscar mecanismos de equilíbrio e condenou o que chamou de excesso de ;poder militar;.
Patriota se reuniu neste domingo (11/9) com o chanceler turco, Ahmet Davuto%u011Flu. Amanhã (12) será a vez de ele se encontrar com o presidente da Turquia, Abdullah Gül. O objetivo é organizar a visita da presidenta Dilma Rousseff ao país em outubro.
Ao mencionar o episódio de 11 de setembro, o chanceler se referiu não só aos ataques terroristas, mas também às guerras no Afeganistão e Iraque, além da crise que atinge a Líbia e Síria. Segundo ele, as ;intervenções; mostraram a incapacidade de solução de conflitos. "O mundo unipolar acabou", disse Patriota. Segundo ele, as guerras recentes ; no Afeganistão e Iraque ; indicaram que há mais atores no mundo atual.
"A guerra no Iraque e no Afeganistão mostrou os limites do poder militar, país algum solitariamente pode estabelecer a direção do mundo. Nem os mais poderosos e temos novos atores presentes", disse o chanceler, destacando a necessidade de reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas para até 25 membros ; atualmente são 15, entre fixos e rotativos.
Patriota lembrou que nos últimos conflitos milhares de pessoas morreram, entre militares e civis. O chanceler ressaltou que só há um caminho para alcançar o desenvolvimento e o equilíbrio global: ;A paz é que promove a paz. A tolerância da educação é o caminho;. De acordo com ele, o governo brasileiro é favorável ao diálogo e a soluções negociadas.
No discurso para analistas e autoridades turcas, o chanceler lembrou ainda as dificuldades por que passam vários países da África ; no Chifre da África, que reúne a Somália e o Quênia, por exemplo, a fome ameaça matar milhares de pessoas, principalmente crianças e adolescentes. ;É necessário garantir um sistema de estabilidade global;, disse.