A 47; edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresentou para o Brasil o talento de uma intérprte iniciante. Eduarda Samara, uma adolescente de 14 anos, se entregou ao papel de uma menina vivendo em um povoado de uma cidade pequena no litoral de Alagoas. ;Eu sempre quis ser artista, sempre tive isso muito forte dentro de mim. A minha mãe diz que desde criança quando eu via teatro ficava louca;, relembrou.
Depois de escolhida para o papel de protagonista do curta-metragem Sem Coração, Eduarda fez preparação com a atriz Maeve Jinkings (O som ao redor e Amor, plástico e barulho). No palco do Cine Brasília na última quinta-feira (19 de setembro), a aprendiz lembrou-se de agradecer à mestra. ;A Maeve me ensinou a criar o meu mundo e a me transportar para dentro dele;, disse ao microfone.
No primeiro papel da carreira, Samara encarou cenas fortes ao lado do elenco formado por meninos da mesma idade. A fita dirigida por Nara Normande e Tião fala sobre descobertas da adolescência na sua forma mais crua e discute o lugar das mulheres na sociedade.A imagem de Samara viajou ao exterior quando o curta-metragem foi exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes na França, onde a película recebeu uma menção honrosa.
Mesmo com a fama fora do Brasil, Samara ainda não tinha se visto na tela grande até experimentar o. ;O Festival é uma experiência que passa a fazer parte do filme. O ceilandense Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós, . A fabulação de Queirós viaja no tempo. ;O filme mexeu muito comigo por causa da minha cor. Entendi a história de repressão que eles viveram;, revelou.