Jornal Correio Braziliense

Festival de Brasilia 2016

Mostra Brasília: confira os filmes vencedores

'Catadores de história', de Tânia Quaresma, levou o prêmio de melhor longa-metragem

Confira os vencedores do 49; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro:

MOSTRA BRASÍLIA

Melhor Filme de longa-metragem (R$ 80 mil): Catadores de história, de Tânia Quaresma

documentário, 75min, 2016, DF

classificação indicativa Livre

Sinopse: O filme mostra o cotidiano de Catadoras e Catadores de materiais recicláveis, que tiram seu sustento do que a sociedade descarta e chama de "lixo". Partindo do "lixão da estrutural", maior "lixão a céu aberto da América Latina", que fica em Brasília, a 18 quilômetros do Palácio do Planalto, o documentário desvenda a multifacetada realidade dessas (es) profissionais que, apesar das condições sub-humanas de trabalho, conseguem dar exemplo de união, dignidade, solidariedade e cidadania. Filmado principalmente em Brasília, o longa-metragem traz também imagens de outras regiões do Brasil, compondo um painel que ajuda a entender o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, editado em 2011.

Melhor Filme de curta-metragem (R$ 30 mil) Rosinha, de Gui Campos

ficção, 14min, 2016, DF

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: No alvorecer da existência, uma rosa desabrocha ao receber as carícias dos últimos raios do sol. Um filme sobre amor e sexualidade na terceira idade e o desafio das convenções sociais.

Melhor Ator (R$ 6 mil): Edu Moraes, por A repartição do tempo

direção: Santiago Dellape

ficção, 100min, 2016, DF

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: Num rincão esquecido da vasta burocracia brasileira, um chefe psicótico usa uma máquina do tempo para duplicar seu quadro de funcionários e aumentar a produtividade da repartição.

Melhor Atriz (R$ 6 mil): Maria Alice Vergueiro, por Rosinha

Melhor Roteiro (R$ 6 mil) Vladimir Carvalho, por Cícero Dias, o compadre de Picasso

direção Vladimir Carvalho

documentário, 79min, 2016, DF

classificação indicativa Livre

Sinopse: Pintor pernambucano ligado aos modernistas, Cícero Dias (1907-2003) radicou-se em Paris a partir de 1937, fugindo da perseguição política do Estado Novo. Apesar da distância do país natal, ele nunca perdeu de vista as cores e os sons de sua infância na casa de Jundiá, mesclando essas raízes com a convivência com nomes de ponta das vanguardas europeias, como Pablo Picasso, Fernand Léger e Juan Miró. Dessa troca de influências, nasceu um pintor de repercussão internacional, que transformou toda a sua vivência, inclusive sua reclusão durante a Segunda Guerra Mundial, na base de uma arte que atravessa fronteiras.

Melhor Fotografia (R$ 6 mil): Catadores de história, de Tania Quaresma

Melhor Montagem (R$ 6 mil): A repartição do tempo, de Santiago Dellape

ficção, 100min, 2016, DF

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: Num rincão esquecido da vasta burocracia brasileira, um chefe psicótico usa uma máquina do tempo para duplicar seu quadro de funcionários e aumentar a produtividade da repartição.

Melhor Direção de Arte (R$ 6 mil): A repartição do tempo, de Santiago Dellape

Melhor Trilha Sonora (R$ 6 mil): Catadores de história, de Tania Quaresma

Júri popular - Melhor filme de longa-metragem (R$ 20 mil): Cora Coralina ; todas as vidas, de Renato Barbieri

documentário, 74min, 2015, DF

classificação indicativa Livre

Sinopse: Todas as vidas de Cora Coralina em uma narrativa poética nas vozes, sentimentos e interpretações de seis gerações de grandes atrizes brasileiras. Uma polifonia das vozes que habitaram Cora, revelada em prosa, verso e imagens com o seu imenso talento literário e conteúdo humano. O filme revela a trajetória de Cora Coralina, dos anos de infância até se casar e sair de Goiás, do largo tempo de 45 anos vividos em diferentes cidades no estado de São Paulo e de seu retorno à Cidade de Goiás, quando se revelou ao Brasil com a força de sua poesia.

Júri popular - Melhor filme de curta-metragem (R$ 10 mil): Das raízes as pontas, de Flora Egécia

documentário, 20min, 2015, DF

classificação indicativa Livre

Sinopse: Luiza tem 12 anos e fala com orgulho de seu cabelo crespo e sua ancestralidade. A história de Luiza é uma exceção. Os entrevistados, dos mais diversos perfis, falam sobre o papel do cabelo crespo como elemento do tornar-se negro e como ato político contra imposições estéticas. Questionar os padrões de beleza, que são impostos cada vez mais cedo e tratar a afirmação do cabelo crespo como um dos elementos fundamentais da identidade negra são a principal temática do filme, que também avalia a aplicação da Lei 10.639/03 que regulamenta o ensino da História Afro-Brasileira e Africana nas escolas brasileiras.