Festival de Brasilia 2016

Veja a lista completa dos vencedores do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

postado em 28/09/2016 00:50

O longa ;Baile perfumado; (1996) encerrou a maratona de filmes em exibição no 49; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Desde o dia 20, em que ;Improvável encontro; e ;Cinema novo; abriram a festa, até a noite desta terça-feira (27), houve 54 fitas exibidas nas salas do Cine Brasília e do Liberty Mall, distribuídas em seis mostras: competitiva; Mostra Brasília; A política no mundo e o mundo da política; Cinema agora; sessões especiais; e Festivalzinho.


Ao todo, 46 prêmios foram distribuídos. A lista completa pode ser conferida abaixo:

Melhor Filme de longa-metragem (R$ 80 mil): Catadores de história, de Tânia Quaresma

documentário, 75min, 2016, DF

classificação indicativa Livre

Sinopse: O filme mostra o cotidiano de Catadoras e Catadores de materiais recicláveis, que tiram seu sustento do que a sociedade descarta e chama de "lixo". Partindo do "lixão da estrutural", maior "lixão a céu aberto da América Latina", que fica em Brasília, a 18 quilômetros do Palácio do Planalto, o documentário desvenda a multifacetada realidade dessas (es) profissionais que, apesar das condições sub-humanas de trabalho, conseguem dar exemplo de união, dignidade, solidariedade e cidadania. Filmado principalmente em Brasília, o longa-metragem traz também imagens de outras regiões do Brasil, compondo um painel que ajuda a entender o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, editado em 2011.

Melhor Filme de curta-metragem (R$ 30 mil) Rosinha, de Gui Campos

ficção, 14min, 2016, DF

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: No alvorecer da existência, uma rosa desabrocha ao receber as carícias dos últimos raios do sol. Um filme sobre amor e sexualidade na terceira idade e o desafio das convenções sociais.

Melhor Ator (R$ 6 mil): Edu Moraes, por A repartição do tempo

direção: Santiago Dellape

ficção, 100min, 2016, DF

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: Num rincão esquecido da vasta burocracia brasileira, um chefe psicótico usa uma máquina do tempo para duplicar seu quadro de funcionários e aumentar a produtividade da repartição.

Melhor Atriz (R$ 6 mil): Maria Alice Vergueiro, por Rosinha

Melhor Roteiro (R$ 6 mil) Vladimir Carvalho, por Cícero Dias, o compadre de Picasso

direção Vladimir Carvalho

documentário, 79min, 2016, DF

classificação indicativa Livre

Sinopse: Pintor pernambucano ligado aos modernistas, Cícero Dias (1907-2003) radicou-se em Paris a partir de 1937, fugindo da perseguição política do Estado Novo. Apesar da distância do país natal, ele nunca perdeu de vista as cores e os sons de sua infância na casa de Jundiá, mesclando essas raízes com a convivência com nomes de ponta das vanguardas europeias, como Pablo Picasso, Fernand Léger e Juan Miró. Dessa troca de influências, nasceu um pintor de repercussão internacional, que transformou toda a sua vivência, inclusive sua reclusão durante a Segunda Guerra Mundial, na base de uma arte que atravessa fronteiras.

Melhor Fotografia (R$ 6 mil): Catadores de história, de Tania Quaresma

Melhor Montagem (R$ 6 mil): A repartição do tempo, de Santiago Dellape

ficção, 100min, 2016, DF

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: Num rincão esquecido da vasta burocracia brasileira, um chefe psicótico usa uma máquina do tempo para duplicar seu quadro de funcionários e aumentar a produtividade da repartição.

Melhor Direção de Arte (R$ 6 mil): A repartição do tempo, de Santiago Dellape

Melhor Trilha Sonora (R$ 6 mil): Catadores de história, de Tania Quaresma

Júri popular - Melhor filme de longa-metragem (R$ 20 mil): Cora Coralina ; todas as vidas, de Renato Barbieri

documentário, 74min, 2015, DF

classificação indicativa Livre

Sinopse: Todas as vidas de Cora Coralina em uma narrativa poética nas vozes, sentimentos e interpretações de seis gerações de grandes atrizes brasileiras. Uma polifonia das vozes que habitaram Cora, revelada em prosa, verso e imagens com o seu imenso talento literário e conteúdo humano. O filme revela a trajetória de Cora Coralina, dos anos de infância até se casar e sair de Goiás, do largo tempo de 45 anos vividos em diferentes cidades no estado de São Paulo e de seu retorno à Cidade de Goiás, quando se revelou ao Brasil com a força de sua poesia.

Júri popular - Melhor filme de curta-metragem (R$ 10 mil): Das raízes as pontas, de Flora Egécia

documentário, 20min, 2015, DF

classificação indicativa Livre

Sinopse: Luiza tem 12 anos e fala com orgulho de seu cabelo crespo e sua ancestralidade. A história de Luiza é uma exceção. Os entrevistados, dos mais diversos perfis, falam sobre o papel do cabelo crespo como elemento do tornar-se negro e como ato político contra imposições estéticas. Questionar os padrões de beleza, que são impostos cada vez mais cedo e tratar a afirmação do cabelo crespo como um dos elementos fundamentais da identidade negra são a principal temática do filme, que também avalia a aplicação da Lei 10.639/03 que regulamenta o ensino da História Afro-Brasileira e Africana nas escolas brasileiras.

MOSTRA COMPETITIVA - Filme de curta-metragem

Melhor Filme de curta ou média-metragem (R$ 30 mil): Quando os dias eram eternos, Marcus Vinicius Vasconcelos

animação, 12min, 2016, SP

classificação indicativa Livre

Sinopse: Filho retorna à sua casa de infância para cuidar da mãe em seus últimos dias de vida.

Melhor Direção (R$ 10 mil): Fellipe Fernandes, por O delírio é a redenção dos aflitos

ficção, 21min, 2016, PE

classificação indicativa Livre

Sinopse: Raquel é moradora de um prédio-caixão, condenado por risco de desabamento. Última residente a permanecer no edifício, ela precisa se mudar o quanto antes para garantir a segurança de sua família.

Melhor Ator (R$ 5 mil): Renato Novais Oliveira, por Constelações

direção Maurilio Martins

ficção, 25min, 2016, MG

classificação indicativa Livre

Sinopse: Dois estranhos percorrem juntos uma jornada noite adentro. Ela, que não fala português, vai em busca do passado. Ele, que não fala a língua dela, se afoga nas incertezas do futuro.

Melhor Atriz (R$ 5 mil): Lira Ribas, por Estado itinerante

direção Ana Carolina Soares

ficção, 25min, 2016, MG

classificação indicativa livre

Sinopse: Vivi quer escapar de uma relação opressora. Em período de experiência como cobradora de ônibus, ela trabalha desejando não voltar para casa. A semana passa rápido entre as paradas no ponto final e o itinerário; os encontros com outras cobradoras fortalecem a mulher trabalhadora e seu desejo de fuga. Logo é final de semana e o centro de Belo Horizonte já não parece tão longe do bairro Boa Vista.

Melhor Roteiro (R$ 5 mil): O delírio é a redenção dos aflitos, de Fellipe Fernandes

Melhor Fotografia (R$ 5 mil): Solon, de Clarissa Campolina

ficção, 16min, 2016, MG

classificação indicativa 10 anos

Sinopse: Um filme fabular sobre o surgimento do mundo, apresentado a partir do encontro de uma paisagem devastada e uma criatura misteriosa. Solon habita o espaço extremamente árido e infértil. Aos poucos, ela se destaca da paisagem, aprende a se movimentar e explorar seu corpo. Verte água por suas extremidades e inicia sua missão de regar e nutrir a terra. A paisagem se altera e a própria personagem também. Nasce o mundo. Nasce a mulher.

Melhor Direção de Arte (R$ 5 mil): O delírio é a redenção dos aflitos, de Fellipe Fernandes

Melhor Trilha Sonora (R$ 5 mil): Quando os dias eram eternos, de Marcus Vinicius Vasconscelos

Melhor Som (R$ 5 mil): Confidente, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes

ficção, 12min, 2016, RJ

classificação indicativa Livre

Sinopse: Se não germinei, se fiquei por florescer, é porque me envenenaram as raízes. Eu sei que é falso, um erro provocado, mas... este sou eu.

Melhor Montagem (R$ 5 mil): Demônia ; Melodrama em 3 atos, de Cainan Baladez e Fernanda Chicolet

ficção, 17min, 2016, SP

classificação indicativa 12 anos

Sinopse: Demônia é um ser endiabrado. Ou uma mulher má.

Prêmio Especial do Júri - Curta-metragem: Estado itinerante, de Ana Carolina Soares

Júri popular - Melhor filme de curta ou média-metragem (R$ 10 mil): Procura-se Irenice, de Marco Escrivão e Thiago B. Mendonça

MOSTRA COMPETITIVA - Filme de longa-metragem

Melhor Filme de longa-metragem (R$ 100 mil): A cidade onde envelheço, de Marilia Rocha

ficção, 99min, 2016, MG/coprodução com Portugal

classificação indicativa 12 anos

Sinopse: Francisca, uma jovem emigrante portuguesa morando no Brasil, recebe em sua casa Teresa, uma antiga conhecida com quem já havia perdido contato. Teresa acaba de chegar e vive momentos de descoberta e encantamento com o novo país, enquanto Francisca sente falta de Lisboa. O filme acompanha as aventuras de cada uma pela cidade e a profunda ligação que nasce entre elas, obrigando-as a lidar com desejos simultâneos e opostos: a vontade de partir para um país desconhecido e a saudade irremediável de casa.

Melhor Direção (R$ 20 mil): Marilia Rocha, por A cidade onde envelheço

Melhor Ator (R$ 10 mil): Rômulo Braga, por Elon não acredita na morte

direção Ricardo Alves Jr.

ficção, 75min, 2016, MG

classificação indicativa 16 anos

Sinopse: Após o desaparecimento de sua esposa, Madalena, Elon imerge em uma jornada insone pelos cantos mais sombrios da cidade, buscando entender o que pode ter acontecido com ela, na tentativa de não perder sua sanidade pelo caminho.

Melhor Atriz (R$ 10 mil): Elisabete Francisca e Francisca Manuel, por A cidade onde envelheço

Melhor Ator Coadjuvante (R$ 5 mil): Wederson Neguinho, por A cidade onde envelheço

Melhor Atriz Coadjuvante (R$ 5 mil): Samya de Lavor, por O último trago

direção Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti

ficção, 90min, 2016, CE

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: Os vivos pedem vingança. Os mortos minerais e vegetais pedem vingança. É a hora do protesto geral. É a hora dos voos destruidores. É a hora das barricadas, dos fuzilamentos. Fomes, desejos, ânsias, sonhos perdidos, misérias de todos os países, uni-vos!

Melhor Roteiro (R$ 10 mil): Rifle, de Davi Pretto

ficção, 85min, 2016, RS

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: Dione é um jovem misterioso que vive com uma família em uma região rural e remota. A tranquilidade da região é afetada quando um rico fazendeiro tenta comprar a pequena propriedade na qual Dione e a família vivem.

Melhor Fotografia (R$ 10 mil): O último trago, de Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti

Melhor Direção de Arte (R$ 10 mil): Deserto, de Guilherme Weber

ficção, 100min, 2016, RJ

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: Um pequeno grupo de artistas viaja pelo sertão brasileiro apresentando um espetáculo. Ao chegar num pequeno vilarejo, descobre uma cidade abandonada, casas, igreja e uma fonte que jorra água limpa, tal qual milagre de um deserto bíblico. Cansados e combalidos da vida errante, os artistas decidem se instalar no vilarejo e fundar uma nova comunidade, dando a si mesmos papéis diferentes daqueles que exerceram por toda a vida. Esta nova configuração, entretanto, vai revelar a estes artistas os piores vícios da vida civil. Livremente inspirado na obra Santa Maria do Circo, de David Toscana.

Melhor Trilha Sonora (R$ 10 mil): Vinte anos, de Alice de Andrade

documentário, 80min, 2016, RJ/coprodução com Costa Rica

classificação indicativa Livre

Sinopse: Um filme sobre o amor e o tempo que passa, numa Cuba onde o tempo parecia não passar. É um retrato de um mundo prestes a desaparecer para sempre, às vésperas de uma mudança radical e imprevisível. Histórias de amor de três casais cubanos, filmadas ao longo de duas décadas.

Melhor Som (R$ 10 mil): Rifle, de Davi Pretto

Melhor Montagem (R$ 10 mil): O último trago, de Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti

Prêmio Especial do Júri - Longa-metragem: Martírio, de Vincent Carelli

direção Vincent Carelli, em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tita

documentário, 160min, 2016, PE

classificação indicativa 14 anos

Sinopse: O retorno ao princípio da grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá através das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio.

Júri popular - Melhor filme de longa-metragem (R$ 40 mil): Martírio, de Vincent Carelli

Medalha Paulo Emilio Salles Gomes
Concedida a figuras de destaque no ensino, crítica e difusão do cinema brasileiro. Homenageado: Jean-Claude Bernardet
Prêmio CiaRIO
Os filmes vencedores das categorias melhor longa-metragem e melhor curta-metragem (júri oficial) vão receber, também, o prêmio CiaRIO:
- Melhor longa-metragem escolhido pelo Júri Oficial do 21; Troféu Câmara Legislativa (Catadores de história, de Tânia Quaresma): prêmio CiaRIO no valor de R$ 16 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa Moviecenter.
- Melhor curta-metragem escolhido pelo Júri Oficial do 21; Troféu Câmara Legislativa (Rosinha, de Gui Campos) recebe, também, o prêmio CiaRIO, no valor de R$ 8 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa Naymar.

Prêmio ABCV - Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo
Conferido a profissional do audiovisual do Distrito Federal: Mallu Moraes (atriz)

Prêmio Canal Brasil
Melhor filme de curta-metragem (R$ 15 mil): Estado itinerante, de Ana Carolina Soares

Prêmio Abraccine - Associação Brasileira de Críticos de Cinema
Melhor Filme de longa-metragem: Rifle, de David Pretto
Melhor Filme de curta-metragem: Estado itinerante, de Ana Carolina Soares

Marco Antônio Guimarães
Conferido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro para o filme que melhor utilizar material de pesquisa cinematográfica brasileira: Martírio, de Vincent Carelli

Prêmio Conterrâneos
Troféu oferecido pela Fundação CineMemória ao melhor documentário do Festival: Vinte anos, de Alice de Andrade

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