Ricardo Daehn
postado em 19/09/2017 11:02
"Olhem para mim, tenho personagens urgentes, com vozes ancestrais que aguardavam a hora de serem ouvidas ; agora, já é passada a hora de que sejam", comentou a codiretora do longa Café com canela, Glenda Nicácio. A apresentação do longa, ontem, no palco do Cine Brasília, até o momento, foi a mais efusiva e festejada presença de comitiva no evento.
Muita alegria, marcação de falas ao ritmo de coco e celebrações de bênções desfilaram na fala do diretor Ary Rosa. Do Teatro Olodum até "todas as mães que perderam filhos" (um dos temas da produção baiana), muitos grupos e congregações foram celebradas, no palco do evento.
Também gerido no circuito universitário do Recôncavo da Bahia, a exemplo de Café com canela, o curta As melhores noites de Veroni, primeira ficção do alagoano Ulisses Arthur, acompanhou a exibição do longa baiano. "É muito especial para a gente estar aqui", salientou Arthur, lembrando que a última vez que um filme alagoano foi exibido no festival completou 32 anos. Relatos sobre saudades ; no caso, de caminhoneiros ausentes por boa parte da vida doméstica de mulheres alagoanas ; serviram de inspiração para o curta-metragem.