Jornal Correio Braziliense

Festival de Brasilia 2017

Exibição de 'Era uma vez Brasília' lota o Cine Brasília

Expectativa em relação ao longa de Adirley Queirós esgota ingressos de sessão que teve ainda dois curtas Chico e Carneiro de ouro

O penúltimo dia da Mostra Competitiva do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro lotou o Cine Brasília. A expectativa em torno do filme do ceilandense Adirley Queirós, vencedor do candango por Branco sai, preto fica; em edições passadas, fez com que os ingressos se esgotassem e que o Festival tivesse o dia mais cheio da 50 edição do evento, que vai até domingo (24/9).

Era uma vez Brasília é o terceiro longa de Adirley Queirós e antes de chegar ao Festival de Brasília foi exibido no Festival de Locarno. Antes do filme, o diretor subiu ao palco ao lado elenco encabeçado pelo ator e músico Marquinhos da Tropa, que revelou que não havia assistido ao longa ainda e o faria ao lado do público presente. Bastante ovacionado, o elenco e a produção apresentaram o filme.

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A noite teve apresentação de Paulo Miklos e Camila Terra e ainda a exibição de dois curtas Chico, dos Irmãos Carvalho, e Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina.

Chico é um curta que representa o cotidiano da favela. "Nós favelados resolvemos fazer um filme de favelados", afirmam os Irmãos Carvalho. Os diretores aproveitaram para falar da situação no Rio de Janeiro, em que muitos negros têm sido assassinados. Sob fortes aplausos decretaram: "Favela resiste."

O segundo é um documentário sobre a história do cineasta do Piauí, Dedé Rodrigues. O filme já havia sido exibido no início da noite na sessão da Mostra Brasília. O curta concorre ao prêmio em ambas as mostras e conta também com a participação de Adirley Queirós. "Trabalhar com toda essa galera é um privilégio muito grande. Queremos agradecer as duas curadorias por essa oportunidade", afirma Dácia Ibiapina. "O importante é a gente não deixar morrer. Vocês estão ajudando a realizar um sonho", definiu Dedé, grande homenageado do curta.