A pesquisadora Berê Bahia costuma dizer que tem duas paixões na vida: cinema e cozinha. A primeira acabou virando inspiração e ofício. Estudiosa do tema, ela passou anos pesquisando a memória da produção local, em um esforço para radiografar a história da vida brasilienses por meio de registros audiovisuais. O resultado ganhou o nome de Mostra 5.2 ; Cinema e memória, exibida nesta quarta-feira (19/9) e sexta-feira, às 16h, na Sala Alberto Nepomuceno do Teatro Nacional. Depois de quinta-feira (20/9), a sessão será sucedida por um debate, com a presença de Tânia Fontenelle, Walter Mello e Gustavo Chauvet. O catálogo da pesquisa, previsto para ser lançado durante o evento, não ficou pronto a tempo. A previsão é que esteja disponível para o público até o fim do ano.
O mote inicial era aproveitar as celebrações de 50 anos da capital, mas o financiamento do projeto não foi liberado no prazo previsto. Como já havia perdido a efeméride, Berê decidiu mudar o recorte da pesquisa. Decidiu se concentrar nos filmes brasilienses que concorreram em todas as edições do festival. ;A história começa em 1965, mas o primeiro filme produzido aqui só surgiu na mostra em 1969;, conta a pesquisadora, que contabilizou nada menos que 511 filmes em sua compilação, número que a surpreendeu.
