Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro

Marcelo Lordello e o curta Linear são os destaques da primeira noite do festival

postado em 20/09/2012 08:18

A primeira noite da mostra competitiva do 45; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi dedicada à retórica, em discursos textuais e em personagens chamados à ação pela força da fala. Porém, o teste de resistência do formato estendido das sessões competitiva deixou a fruição dos discursos inseridos nos filmes em xeque. A extensão das sessões somado ao desconforto da Sala Villa-Lobos foram propícios para a distração. A primeira sessão, dedicada aos filmes documentários, marcado para as 19h, começou com a sala parcialmente preenchida. O filme-experimento Câmara escura foi introduzido em discurso breve pelo diretor Marcelo Pedroso (apenas o desejo de um boa noite e boa sessão para os presentes) se repetiu na postura lacunar na tela de projeção quando o documentarista entregava caixas misteriosas para moradores do bairro de Casa Forte, em Recife, sem explicação detalhada sobre seu conteúdo: um equipamento embutido de captação de imagem e som.

A entrega gerou episódios de desconfiança suprema que envolveu até o acionamento da polícia pelos participantes, inseridos involuntariamente no processo. ;Eu acreditava que as pessoas poderiam reagir de forma lúdica com o equipamento. Quando percebi que houve até o envolvimento da polícia, isso me assustou. Demorei mais de um ano para voltar ao filme e não foi à toa;, disse.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação