Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro

Mostra que reúne trabalhos de diretores locais surpreende pela qualidade e polêmica

Ricardo Daehn
postado em 24/09/2012 09:24

Quem já viu, na tela grande, personalidades locais tão díspares como o representante do hip-hop de Gog, o cabeleireiro Carlinhos Beauty e o escritor e pioneiro Adirson Vasconcelos? Sim, respondendo por este notório feito ; de conglomerar e celebrar a identidade dos brasilienses ; a Mostra Brasília, com direito a quatro sessões, nas tardes de sábado e domingo, fez valer a vitrine da produção da cidade. Se, num primeiro momento, os diretores da capital se sentiram pouco representados na competição oficial do festival; com quase 450 lugares, uma Sala Martins Pena apinhada de gente fez valer os esforços de diretores como Adriana de Andrade (Bibinha, a luta continua) e André Luís da Cunha (Na cozinha).

Na cidade, desde 1962, o pintor Auroro (Paulo Iolovitch) foi o retrato da emotiva e generalizada resposta positiva ao longa Sob o signo da poesia, documentário de Neto Borges, exibido no sábado. Aplaudindo vários momentos do filme, após a exibição e um abraço caloroso no diretor, o senhor de 76 anos observou: ;É a nossa vida que passou na tela. Tô emocionado porque tudo me pareceu novo;. Um elaborado painel e uma monumental sistematização do caráter poético agregado às artes (que afunila pesquisa de oito anos e 60 horas) espalhou elogios no público.

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