Glauber Rocha dirigiu 17 filmes (entre longas, documentários e curtas), escreveu 12, produziu 11 e ainda se deu o trabalho de atuar em cinco fitas, sempre com o mesmo mantra: com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. O talento foi logo percebido pela mãe, Dona Lúcia, que vendeu todo o patrimônio para custear e apoiar as empreitadas cinematográficas do filho. Foi à falência, mas não em vão. Glauber descansa como ícone nacional e como representante máximo de um movimento fundamental na identidade da cultura brasileira: o Cinema Novo. Com influências do neo-realismo italiano e da nouvelle vague francesa, o manifesto foi contra às produções inflacionadas e escancarou um país subdesenvolvido e repleto de mazelas sociais, inaugurando uma busca por um olhar social (cinematográfico) que perdura até hoje.
[SAIBAMAIS]
Com mais de 30 livros no currículo voltados para a comunicação, o professor da Universidade de São Paulo (USP), Ciro Marcondes Filho, atribui ao legado de Glauber Rocha ;um alto grau de sofisticação estética aliada a um inexpugnável comprometimento político;. Seguindo os dogmas do Cinema Novo, ;Glauber se encadeia na tradição brasileira (Euclides da Cunha, Guimarães Rosa) de alegorizar o sertão e a pobreza em categorias profundas de representação;, comentou.
Trailer do filme Amazonas, Amazonas
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Trailer do filme Terra em transe
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Trailer do filme Deus e o diabo na terra do sol
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