postado em 23/01/2010 21:21
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse neste sábado (23/01) que o Haiti vai precisar de um ;Plano Lula; para a reconstrução do país, fazendo alusão ao Plano Marshall, a iniciativa dos Estados Unidos para reerguer a Europa depois da Segunda Guerra Mundial.[SAIBAMAIS]Amorim entende que a recuperação do país passa por assegurar a coordenação política e operacional da Organização das Nações Unidas (ONU) na reconstrução e a inclusão do governo haitiano nesse processo. O ministro disse que gostou das diligências do primeiro ministro Jean-Max Bellerive na condução dos primeiros-socorros depois do terremoto do último dia 12. ;O primeiro ministro está muito atento. Muito centrado;.
Celso Amorim reafirmou que o Brasil está disposto a preparar haitianos para administrar o país, como havia dito em entrevista hoje de manhã, e que a Escola de Administração Fazendária pode ser usada para isso. ;O Haiti precisa de uma alfândega;.
Ele disse também que o Brasil pretende montar projetos para a reconstrução do país, e que o dinheiro para isso sairia dos US$ 15 milhões anunciados mais cedo. ;O Lobão [ministro de Minas e Energia] já falou com o seu similar americano de energia, mas tem que ser de acordo com as intenções haitianas;, disse Amorim, referindo-se à possibilidade de construção de uma hidrelétrica no Haiti.
Segundo o ministro, a ajuda de médio e longo prazo ao país caribenho será feita mediante projetos. Ele enfatizou que está otimista com a mobilização internacional e citou como exemplo os casos dos africanos Chade e Botsuana que estão doando ao Haiti. À perguntado se o país precisaria de um Plano Marshall, respondeu: ;Por que não um Plano Lula?;
O ministro esteve em Porto Príncipe durante o dia de hoje para uma rodada de entendimentos com líderes haitianos, das Nações Unidas e brasileiros.
Amorim segue ainda hoje para Montreal, no Canadá, onde vai participar de uma conferência de doadores na segunda-feira (25). Ele adiantou que o Brasil está preparado para apresentar uma proposta de reconstrução do país, caso esse seja o tom do encontro, ou, simplesmente, para preparar uma conferência presidencial.