Haiti

EUA pedem à comunidade internacional que supere diferenças e ajude o Haiti

Agência France-Presse
postado em 05/02/2010 16:26

PARIS - O Secretário adjunto de Estado dos Estados Unidos para a América Latina, Arturo Valenzuela, convocou nesta sexta-feira os países da América Latina e da União Europeia a superar as diferenças políticas para estreitar a colaboração no Haiti e ampliá-la para o resto do continente.

"A imensa manifestação de solidariedade e toda a ajuda que chegou ao Haiti desde as Américas e do mundo inteiro, demonstram de maneira dramática as estreitas relações que mantemos como nações", falou Valenzuela em uma reunião organizada em Paris pelo Instituto Francês das Américas (IdA).

"Trata-se de uma forte imagem do que é possível conquistar quando se superam as diferenças para se concentrar no que é realmente importante. Esse é o futuro pelo qual devemos trabalhar", afirmou o americano, que parabenizou o papel dos Estados Unidos no trabalho conjunto feito com países como Cuba, com quem Washington não mantém relações diplomáticas há meio século.

"Estamos em contato direto com o governo cubano, que autorizou voos sobre seu território para missões humanitárias, incluindo as Forças Armadas norte-americanas", após o terremoto do dia 12 de janeiro, que deixou mais de 200 mil mortos no Haiti.

"Neste esforço comum estão juntos Estados Unidos, Cuba, Brasil, Bolívia, França, Canadá, República Dominicada e muitos outros, além da solidariedade de outros países e de organizações do mundo todo", explicou Valenzuela, ao terminar seu primeiro giro europeu, desde que assumiu o cargo em novembro.

Em seus encontros com os governos espanhol e francês, assim como com funcionários da UE, o secretário adjunto de Estado desejou estreitar a colaboração com a Europa e América Latina, seguindo os passos de seu predecessor Tom Shannon, que se aproximou dos países europeus durante o mandato. "Lamentavelmente, foi necessária a tragédia do Haiti para nos aproximarmos", afirmou, antes de desejar que a cooperação se prolongue, "e não fique limitada ao Haiti".

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