Essa preocupação também é compartilhada por Jobim. Para ele, o ideal é a ajuda em dinheiro, porque as doações de produtos estrangeiros restringem o mercado local e desestimulam os haitianos de produzir alimentos.
;O governo brasileiro priorizará a ajuda em dinheiro e estimulará a produção local com assistência técnica;, disse Jobim, durante a reunião, quando conversou com Burns sobre o projeto de construção de uma hidrelétrica no Haiti. O embaixador americano no Brasil, Thomas Shanton, também participou do encontro.
Burns passou o dia hoje (26) reunido com autoridades brasileiras. Em pauta, a venda dos aviões caças dos Estados Unidos para o Brasil e o programa nuclear do Irã. A visita de Burns antecipa os temas que são considerados prioritários para os Estados Unidos em relação ao Brasil.
No próximo dia 3, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, estará em Brasília, quando se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até meados do segundo semestre é esperada a visita do presidente Barack Obama.
A reunião com Jobim durou cerca de uma hora. Os norte-americanos se esforçam para convencer o governo brasileiro a comprar caças dos Estados Unidos. O presidente Lula analisa um relatório técnico sobre as propostas apresentadas de três: a sueca Saab, fabricante do modelo Gripen NG; a norte-americana Boeing, responsável pelo caça F-18 Super Hornet, e o consórcio Rafale International, liderado pela francesa Dassault.