postado em 24/04/2013 08:02
Enfrentar a fila do Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC) da Receita Federal, no Setor de Autarquias Sul, é um verdadeiro teste de paciência. O tempo médio de espera chega a uma hora. A poucos dias do término do prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda, a demanda nos guichês aumenta, já que muitas pessoas vão ao local para tirar as dúvidas sobre o preenchimento e envio do documento.
É o caso do analista em tecnologia da informação Renner Souza, 36 anos, que esperou cerca de 60 minutos para falar com um técnico. Ele vendeu um imóvel no ano passado e queria saber como declarar ganhos de capital. "Não encontrei a informação no site da Receita e dependo dela para entregar a declaração sem risco de errar," contou.
[SAIBAMAIS]Os que têm pendências com o Leão podem tentar resolvê-las por meio eletrônico, no e-CAC. Lá estão disponíveis serviços como consulta a rendimentos informados por fontes pagadoras, extrato do processamento da declaração do Imposto de Renda retido na fonte (DIRF), entre outros (veja quadro). Segundo o delegado da Receita Federal, Joel Miyazaki, o e-CAC é uma opção que pode agilizar o atendimento ao contribuinte. "Nossa intenção é que os problemas sejam solucionados mais rapidamente e a população não tenha que se deslocar para isso", afirmou.
No Distrito Federal, o percentual de serviços prestados via internet é o mais alto do país. Chegou a 86,32% dos 237,8 mil efetivados em março deste ano, o que representou, em números absolutos, 205,2 mil procedimentos virtuais. O lanterna é Mato Grosso. Dos 78 mil atendimentos, no mês passado, 48,8 mil (62,56%) foram realizados por meio do computador. Miyazaki explica que o resultado no DF é consequência do alto poder aquisitivo e do perfil da população. "Aqui temos pessoas mais jovens e mais acostumadas com a tecnologia. Os altos salários também proporcionam ampliação do acesso ao serviço eletrônico", disse.
