Rubens Barbosa
postado em 20/11/2013 06:00
Há 50 anos, em circunstância que até hoje desperta controvérsia, morria assassinado o presidente John Fitzgerald Kennedy, o 35; presidente americano. Os Kennedys, de certa forma, preencheram uma lacuna na sociedade norte-americana, na medida em que geraram no imaginário das pessoas a fantasia de que, ao lado da elegante e sofisticada Jacqueline Bouvier, personificavam, na Casa Branca, uma espécie de realeza americana, admirada a distância nas monarquias europeias, em especial na Inglaterra. Pela sua jovialidade e pela mensagem de otimismo, Kennedy tornou-se um ícone da política interna dos EUA. Durante seu curto período de governo, os EUA iniciaram o maior crescimento sustentado desde a Segunda Guerra Mundial. Defensor das liberdades civis e da igualdade racial, deixou famoso o pensamento ao qual até hoje se recorre em muitos países, inclusive no nosso: "Não pergunte o que o seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país".
Seu legado na política externa, contudo, foi bastante controverso. No início dos anos 1960, a Guerra Fria atingiu alguns de seus momentos mais críticos, pela radicalização entre as então duas superpotências militares, os EUA e a União Soviética.
A construção do Muro de Berlin, a continuação da Guerra do Vietnã e a crise dos mísseis soviéticos instalados em Cuba aumentaram a instabilidade política global. A descoberta, por um avião espião U-2, do fornecimento pela União Soviética de armamento nuclear apontado a pouca distância para o território norte-americano, foi julgado inadmissível e, por pouco, o mundo não se viu envolvido em um conflito nuclear, evitado pela visão de estadista do presidente norte-americano, que negociou a retirada dos equipamentos diretamente com Moscou.
Rubens Barbosa é ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos
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