Jornada Mundial da Juventude

Chegada do papa ao Rio de Janeiro coincide com manifestações nas ruas do país

Em um dos momentos mais turbulentos da política brasileira, pontífice chega ao Brasil com o desafio de melhorar imagem da igreja

postado em 21/07/2013 04:00

No Rio de Janeiro, cerca de 60 mil pessoas participaram da Cidade da Fé: comoção católica

O papa Francisco desembarca amanhã no Brasil com a difícil missão de aproximar o Vaticano dos fiéis, melhorar a imagem da igreja e recuperar espaços perdidos para outras religiões que crescem no país mais católico do mundo. Porém, além disso, há agora um inédito ingrediente nessa visita que preocupa os governantes brasileiros: o país vive um novo momento social, com o registro de manifestações contra as políticas públicas e as autoridades que comandam a nação. Os protestos, registrados em sua grande maioria no mês de junho, chegaram na última quarta-feira às ruas do Leblon e de Ipanema e acenderam o sinal de alerta em relação à fragilidade da segurança no Rio de Janeiro. O esquema para garantir a proteção do papa no país é o maior já montado na história de grandes eventos no Brasil. Serão mais de 18 mil homens apenas na capital fluminense.
Ontem, o papa Francisco visitou a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e pediu proteção aos participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Ele solicitou a intercessão da Mãe de Jesus ;para a sua próxima visita apostólica, para os jovens que vão se reunir para a JMJ e a todos os jovens do mundo;. Durante a visita ao país, interlocutores do Vaticano informam que Francisco vai cobrar da classe política que deixe de ;oprimir; o povo por ;interesses egoístas;, e que o papa pedirá ainda ;respeito; pelos pobres.

A maneira humilde e espontânea do novo papa tem chamado a atenção dos fiéis, que veem um líder mais carismático e próximo do povo. Em contrapartida, essas características o torna mais vulnerável diante de multidões e, consequentemente, deixam mais alertas as pessoas envolvidas na segurança do pontífice. O deslocamento em veículo aberto pelas ruas do Centro do Rio, informação divulgada na sexta-feira pelo Comitê Organizador Local da jornada, a pedido de Francisco, pegou até a Secretaria de Transporte do Rio de surpresa. O órgão não previa qualquer interdição na área central, por onde, agora, circulará o papamóvel.

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