Jornada Mundial da Juventude

Cobrado para reagir a denúncias de pedofilia, papa responde com ações

No último dia 11, em meio às denúncias de pedofilia envolvendo padres, o papa modificou o Código Penal da Igreja Católica, o Motu Proprio, fixando penas mais duras para crimes contra crianças e adolescentes

postado em 21/07/2013 11:55
O papa Francisco assumiu o pontificado com vários desafios a enfrentar: os escândalos envolvendo a Igreja Católica Apostólica Romana, com desvios de recursos e pedofilia, a conquista de fiéis e a aproximação da religião com os dias atuais. Ele sinalizou que pretende vencer os obstáculos. Francisco nomeou, há dois dias, uma comissão de laicos (não religiosos), exceto um padre que será o coordenador, para avaliar a situação econômica e administrativa do Vaticano.

Desde o ano passado, há denúncias de desvios de recursos do Banco do Vaticano e dúvidas sobre a aplicação do orçamento da Santa Fé. Francisco quer um diagnóstico preciso da situação. Ele disse que o relatório será submetido a cardeais para, assim, definir as mudanças. A ideia é impedir irregularidades financeiras e econômicas envolvendo os recursos da Igreja.

No último dia 11, em meio às denúncias de pedofilia envolvendo padres, o papa modificou o Código Penal da Igreja Católica, o Motu Proprio, fixando penas mais duras para crimes contra crianças e adolescentes, assim como lavagem de dinheiro. A legislação é válida para a Santa Sé e como regulamento do Vaticano.

[SAIBAMAIS]

O papa também aumentou o rigor sobre os crimes contra a humanidade, como genocídios, denunciados com frequência em países em conflito armado, e medidas de segregação racial. Modificado conforme as orientações de Francisco, o Motu Proprio passará a valer a partir de 1; de setembro.

Com a preocupação crescente sobre a redução de católicos, inclusive no Brasil, Francisco apelou aos cardeais para que conquistem as pessoas usando ;sabedoria; e ;maturidade;. Mas também ressaltou que o exemplo em atitudes é que atrai. Para ele, a igreja deve ser para todos, inclusive, para os pobres. ;Como eu gostaria de ter uma igreja pobre para os pobres;, disse ele, no primeiro encontro com jornalistas, em 16 de março deste ano.

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O papa lembrou que a escolha do nome Francisco, inspirado no ;santo dos pobres;, foi uma sugestão do cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes, que é arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação de Bispos. ;Não se esqueça dos pobres;, contou o papa, ao lembrar a recomendação feita por dom Cláudio Hummes.

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