postado em 29/07/2013 08:39
Uma semana no Brasil e o papa Francisco conseguiu se consolidar como um líder de ruptura que projeta para o mundo uma Igreja Católica fora da clausura, misturada ao povo e pautada pelo compromisso social com os mais pobres. É assim que ele deixa o país. Maior e fortalecido para realizar a tão esperada reforma. Para teólogos ouvidos pelo Correio, só agora percebe-se o sentido do pontificado de Francisco. Ele não mencionou o termo Teologia da Libertação, mas mandou o recado ao resto do mundo que caminhará nessa direção a partir do que praticou durante a semana. Os gestos de inclusão e o apelo ao diálogo permanente, tônica dos discursos realizados no Brasil, reacendem a ala mais progressista do catolicismo e reforçam a mudança na postura em relação ao pontificado de Bento XVI.O professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Fernando Altemeyer Júnior diz que o papa ;encheu o tanque; no Brasil. ;Ele deixa o país com as baterias recarregadas após o contato com as massas. Francisco sai bem maior e com capacidade para realizar as verdadeiras mudanças na Igreja. Diz ao mundo que vai fazer uma cúria mais leve e objetiva. Essa é a meta. Se isso não acontecer, pode-se decretar o funeral da Igreja Católica. É questão de vida ou morte;, avalia o teólogo.
Para Altemeyer, a visita do pontífice não teve o objetivo de recuperar o terreno perdido para os evangélicos. ;Não houve nenhuma preocupação com isso. O papa está preocupado em ressuscitar os defuntos católicos. O problema é o católico que morreu sem agir na sua fé. É esse o recado. O vocabulário dele é todo da Teologia da Libertação. Ele não usa o termo, mas vestiu a camisa e está jogando no time;, afirmou.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.